terça-feira, 17 de agosto de 2010

Nada acontece por acaso

Patrícia estava em uma festa na casa de amigos. A festa estava boa, mas já estava quase no fim e ela decidiu ir embora com uma amiga. Despediram-se de todos e foram caminhando para casa às 11 horas da noite. No caminho não havia muito gente, pois estava muito frio naquela noite. De repente, avistam uma criança de aproximadamente 7 anos de idade andando sozinha no meio da rua. Patrícia e Nanda assustadas com aquela situação resolveram chegar perto do garoto.
- Como é que você se chama? Você está perdido? - Pergunta Patrícia.
O menino, tremendo de frio, não responde.
Então, Nanda resolve mudar a pergunta, pois percebe que o garoto está assustado com aquele interrogatório criado por Patrícia.
Ela pergunta se ele está com fome, e antes mesmo do garoto responder segura sua mão e saem andando em direção a um pequeno trailler que se encontrava do lado oposto da rua, onde as garotas pagaram um lanche para a criança, que satisfeita e mais segura, começa a falar sobre sua vida e o porquê de estar ali sozinho a esta hora da noite.
O menino contou a elas que se perdeu quando estava andando com sua mãe, que procurava emprego pelo centro da cidade. Ele se distraiu vendo uma loja de brinquedo e quando olhou pra trás já não a viu. Desesperado, correu muito para encontrá-la, mas não conseguiu. Desde então, andou,andou até ir parar nesse local desconhecido. O garoto emocionado começou a chorar dizendo que estava com frio e com saudades de casa.
Patrícia e Nanda comovidas tentaram consolá-lo e prometeram ajudá-lo. As duas o levaram pra casa tentando puxar de sua memória alguma coisa que pudesse ajudar a encontrar a mãe do menino. Elas decidiram deixar o assunto em segredo. Patrícia resolve escondê-lo em sua casa e não conta nada para sua mãe com medo de sua reação e de que ela o entregasse para um abrigo, pois apesar de conhecê-lo há pouco tempo já sentia um afeto muito grande por Lucas.
A cada dia que se passava, Patrícia se sentia mais próxima do menino, era como se ele fosse o irmão que ela nunca teve. Ela se esforçava para encontrar a mãe de Lucas, mas ficava dividida entre dois sentimentos: o de culpa, por estar separando o garoto de sua mãe, e o de tristeza, em pensar que nunca mais poderia vê-lo.
Não demorou muito para Cida, a mãe de Patrícia, descobrir o garoto escondido em sua casa. Além da bronca, ela convenceu Patrícia de que o melhor era comunicar à polícia, pois a mãe de Lucas poderia estar procurando por ele. Apesar de contrariada, Patrícia concorda que é a melhor decisão a ser tomada e liga para Nanda avisando-a.
Ao chegarem à delegacia e comunicar o fato ocorrido, o delegado informou que uma senhora chamada Márcia esteve no local prestando queixa a respeito do filho desaparecido e que não era preciso se preocupar porque em breve o garoto estaria junto da mãe.
Então o policial as levou junto com o garoto até o endereço de Márcia. Chegando lá, Patrícia e Nanda perceberam a visível felicidade da mãe de Lucas ao vê-lo, mas notou que era uma casa muito humilde e que se tratava de uma família carente. Cida, vendo o desespero de Patrícia ao deixá-lo naquela situação, se dispôs a ajudar financeiramente a mãe de Lucas para uma melhor formação do garoto. Márcia ficou realmente grata a elas por serem tão generosas e por terem encontrado seu filho. Elas então foram embora com sentimento de dever cumprido e com o convite de visitarem Lucas quando quisessem. Patrícia foi embora feliz da vida e a partir de então visitava Lucas todos os dias: o levava para vários passeios, o buscava da escola e o levava para passar as férias em sua casa. Lucas já via Patrícia como sua irmã, contava para todos os seus amiguinhos de como foi bom tê-la conhecido, e Patrícia se sentia a pessoa mais feliz do mundo, por ter mudado literalmente a vida de Lucas e com a certeza de uma coisa: Que nada acontece por acaso!

Jéssica Carvalho - 307

Coisas do coração

Pablo havia terminado seu último namoro a uns cinco meses, quando decidiu sair sozinho para o centro da cidade. Estava à procura de uma nova namorada: não era muito exigente, mas tinha alguns critérios. Entrou num bar, onde havia bastante gente e algumas pessoas estavam dançando. Ficou no balcão até que viu uma mulher linda, sentada em uma mesa, acenando na direção dele.
Não acreditou que seria com ele, parecia uma visão do paraíso, mas depois da insistência da moça, Pablo foi se sentar com ela. Logo que se sentou Pablo percebeu que aquela seria a mulher da sua vida. Depois de alguns minutos de conversa, Pablo resolveu pedir Ana seu telefone para não perderem o contato, e Ana logo passou, pois também havia percebido que Pablo tinha algo diferente dos outros rapazes com quem ela já havia se relacionado. Os dois tomaram uma bebida e Ana disse que já estava no seu horário e que iria embora. Pablo como um bom cavalheiro se ofereceu para levá-la em casa, mas Ana disse que não precisava, pois ela estava de carro. Então se despediram e Ana foi embora.
Ana foi embora muito feliz, pois nunca tinha conhecido ninguém como Pablo e se orgulhou de si mesma por ter tido a coragem de convidar alguém para se sentar com ela à mesa e conversarem quase a noite toda.
No dia seguinte, Ana foi trabalhar normalmente quando, no meio do seu expediente, o seu telefone toca. Era um número desconhecido, mas Ana resolveu atender. Quando atendeu, levou um susto, pois era Pablo a convidando para sair no dia seguinte depois do trabalho, e Ana aceitou toda feliz. Chegou em casa, escolheu sua melhor roupa e a deixou arrumada. Faltando algumas horas para esse esperado encontro com Pablo, o celular de Ana toca novamente. Era ele lhe pedindo mil desculpas e informando que só não iria ao seu encontro porque havia passado mal a noite toda e teria que ficar no hospital para uma pequena cirurgia de apendicite. Ana ficou muito preocupada e quis lhe fazer companhia no hospital, mas ele disse que não era necessário, pois seu irmão estava com ele e que quando ele saísse da cirurgia iria ligar avisando. Ana foi embora para casa e ficou esperando a ligação de Pablo durante três horas. Pablo realmente retornou para ela assim que deixou a sala de cirurgia e eles conversaram um pouco e marcaram que Ana iria visitá-lo em sua casa na manhã de sábado.
Sábado, Ana se aprontou e foi até a casa de Pablo como havia falado. Chegando lá, ela pode conhecer seus pais e alguns tios dele que estavam lhe visitando também. Foi muito bem recebida e a mãe de Pablo logo a mandou ir lá para o quarto para vê-lo e poderem conversar. Eles ficaram lá várias horas. Quando Ana deu por si, já era quase a tarde. Foi uma conversa bem produtiva: ambos falaram das coisas que haviam acontecido com cada um e marcaram que Ana, no dia seguinte, voltaria até lá para conversar mais um pouco com Pablo. Ana se despediu de Pablo e dos seus pais e parentes, e seguiu até sua casa pensando em tudo o que haviam conversado e em como era bom estar ao lado de Pablo. Na manhã seguinte, Ana volta à casa de Pablo e ambos já estavam bem mais à vontade com toda aquela situação. De repente, no meio da conversa, Pablo pede Ana em namoro. Ela se assustou na hora, mas aceitou, pois era o que os dois queriam. Começaram então a namorar sério, demorou certo tempo para que Ana se sentisse à vontade com Pablo para darem um passo a mais na relação, até que o tão esperado dia chegou. Afinal, Pablo era sempre bem carinhoso com Ana e ela o mesmo com ele. Para ela, ele era o cara perfeito, com alguns defeitos que ela já tinha se acostumado a conviver com eles, e estava realmente disposta a estar com ele para tudo. Só que depois de certo tempo Pablo começou a ficar distante de Ana, a não falar onde estava indo mais e com quem estava saindo. Ana achou estranho, pois não tinha feito nada de errado para que Pablo mudasse assim, e com toda essa situação ela começou a se sentir mal e muito inferior às outras pessoas, por pensar que estava magoando quem a fazia tão bem e tão alegre. Mas mesmo sofrendo ela não queria abrir mão de seu amor, porém não teve como: em uma noite, Pablo a chamou para conversar e terminou tudo com ela. Disse coisas horríveis, coisas que nem um animal merece escutar, mas Ana apesar de estar muito mal com toda essa situação respeitou a vontade de Pablo e seguiu sua vida.
No decorrer dos dias, Ana foi tentando melhorar e se esquecer Pablo. Mesmo escutando todos os dias os seus amigos falarem dele e ver como ele estava bem com o fim do namoro. Até que um dia Ana resolveu estipular um prazo de exatos 30 dias, em que se Pablo não a pedisse para voltar ela iria esquecê-lo e iria viver sua vida sem remorso algum, pois sabia que não havia feito nada para que essa história tivesse um fim como teve.
Esse prazo chegou e Ana começou a sair com velhos amigos, conheceu pessoas novas e lugares novos. Em um desses passeios, ela conheceu Fernando e se deram muito bem e começaram a namorar. Durante a época em que Ana namorou Fernando, Pablo corria atrás dela querendo voltar, mas ela com medo de sofrer novamente preferiu continuar com Fernando, apesar do ciúme possessivo que ele tinha por ela. Depois de alguns meses de namoro, Ana começou e ver que realmente Pablo estava arrependido do que havia feito e falado com ela, afinal ele estava correndo atrás dela há sete meses mesmo sabendo que ela estava namorando. No começo Ana nem deu bola para Pablo, mas depois com tantas brigas com Fernando por causa de coisas mínimas Ana começou a conversar com Pablo novamente, e resolveu que iria terminar com Fernando para tentar algo com Pablo novamente.
Certo dia, Ana resolveu chamar Fernando para conversar, pois já que as coisas não estavam bem e ambos estavam sofrendo com toda essa situação chegaram ao acordo de que iriam terminar o namoro. E foi assim que aconteceu: terminaram o namoro e Fernando voltou para sua casa e Ana para a dela.
Um mês depois de várias conversas com Pablo, eles resolvem voltar a namorar. No começo foi tudo perfeito, aí Pablo achou que Ana estava em suas mãos. Só que não era bem assim: como ela já havia se magoado uma vez com ele, Ana já estava com o pé atrás em relação ao namoro deles, porém fazia de tudo para que desse certo. Então Pablo começou a sair sem falar com Ana, a via poucas horas no final de semana, quase nunca conversavam, a maioria das vezes saía com amigos. E Ana começou a ver que Pablo, apesar de ter corrido tanto atrás dela, não estava nem aí pro que ela sentia, ele a usava como se fosse uma bonequinha que você usa quando quer e mostra somente para quem quer; na hora que não quer brincar mais, guarda ela em casa. Mesmo percebendo isso tudo, Ana ainda tinha esperança de que Pablo iria mudar e resolveu esperar mais um tempo até se decidir a tomar uma decisão que mudaria completamente sua história. Pois sempre pensou que Pablo era o grande amor da sua vida, mas começaram a aparecer fotos de Pablo com outras mulheres em lugares que Ana não sabia, pois pensava que ele estava em casa nesses dias. No começo, ela fingia não ver e nem ouvir ligações de outras mulheres para Pablo. Até que um dia, Ana resolveu abrir mão de Pablo e o chamou para conversar.
Falou tudo o que queria e ainda teve a esperança de que ele a pedisse para pensar um pouco mais ou que ele iria mudar, mas não foi isso que aconteceu. Pablo apenas concordou com ela, arrancou o carro e foi embora. Desse momento em diante, Ana percebeu que não gostava tanto assim mais de Pablo e que conseguiria viver muito bem sem a presença dele no seu dia a dia. Hoje, depois de seis meses, Ana está bem sucedida financeiramente, está terminando sua faculdade e está ao lado de Pedro, uma pessoa que a faz muito feliz. Apesar de ser bem recente, eles ainda não namoram oficialmente, mas eles estão se dando super bem e, ao que tudo indica, em pouco tempo estarão namorando e superfelizes; pois em um relacionamento um completa o outro e não o deixa triste nem com dúvidas como ela era com Pablo; em um relacionamento deve existir plena confiança de ambas as partes e sempre deve existir aquela disponibilidade de abrir mão de certas coisas para que o relacionamento dê certo. E se for um desejo dos dois essa história ainda vai ter muita coisa pra acontecer. Apesar de pouco tempo, Pedro já marcou a vida de Ana e ela só espera estar conseguindo fazê-lo feliz, assim como ele a está deixando feliz.
Pablo agora está namorando com Beatriz, que dizia ser amiga de Ana. Apesar de tudo, Ana torce muito para que o relacionamento dos dois dê certo. Afinal, todos têm o direito de tentarem ser felizes. Ana agora corre atrás de sua felicidade ao lado de Pedro e sem medo, pois ela prefere mil vezes arriscar do que ficar parada. Afinal, é bem melhor você fazer o que quer, e se for quebrar a cara pelo menos você pode afirmar que tentou, e se não quebrar a cara: parabéns, você será muito feliz. Portanto se arrisque, não tenha medo de tentar ser feliz, independente do que os outros falem, siga sempre teu coração, pois só você e Deus sabem o que passa lá dentro de ti. A vida é feita de escolhas, cabe a cada um de nós escolhermos o nosso caminho e seguir nele até o fim.

Débora Ariela - 308

Caminhos secretos

Um dia, Saulo estava navegando pela internet, como sempre fazia à noite. Entre bate-papos com os amigos, estava fazendo uma pesquisa escolar. Pesquisando por vários sites relacionados com o assunto, se deparou com uma página muito estranha, que começou a interagir com ele. Quando abriu o link, estava vendo o seu quarto pela tela de seu computador. Saulo ficou alguns segundos hipnotizado quando percebeu que estava sendo monitorado dentro de seu quarto, e com várias câmeras escondidas instaladas no quarto.
Ficou olhando para ele na sua tela aberta, e sem entender nada desligou rapidamente seu computador com agressividade e ficou observando o quarto muito atento.
Olhava em todos os cantos, mas não conseguia encontrar câmera alguma, e queria acreditar que era um erro na sua webcam. Mais calmo, foi dormir, pois tinha que acordar cedo para ir à escola.
Saulo acorda todos os dias no mesmo horário, às 6:20 da manhã. Mas naquele dia, sentia algo estranho, como se estivesse sendo vigiado, monitorado em todos os cantos que ia.
Saiu para a escola, e assim que abriu a porta de sua casa pra sair, encontrou um envelope com seu nome. Apenas seu nome. Ficou assustado, pois naquela hora estava muito cedo para já ter passado o correio da cidade. Desesperado, abriu a carta curioso. Dentro, estava escrito a seguinte frase:
_ Saulo, faça o que eu mandar. Se falhar, também falharei com você!
Assim, Saulo sai correndo, assustado a caminho da escola. Chegando na escola, encontra sua melhor amiga, Daniela, lhe mostra a carta e conta a ela sobre as câmeras. Ela não sabia o que fazer, mas decide ajudá-lo a desvendar esse mistério.
Chegando nos seus devidos armários, Saulo o abre e dentro dele estava outra carta. Ficou pasmo, pois quem tem a chave do armário é só ele. Abriu a carta e a leu apenas com os lábios se mexendo sem sair som algum:
_ Grite o nome da pessoa que você admira e que considera a melhor pessoa que existe. Você tem 10 minutos.
Ele pensou em muitas. Como ele era órfão, não podia falar um de seus pais. Pensou em seu vizinho. Pois contava tudo pra ele. Mas ele tinha viajado há 3 semanas e não sabia quando voltara. Então pensou logo na Daniela, mas estava com medo de colocá-la nessa emboscada que nem ele sabia qual seria o destino. Então, gritou bem alto o nome dela.
_ DAANIIEELLAA!
Muitos o olharam assustado, sem entender. E foi pra aula.
Assim, depois da aula, colocou suas coisas no armário, e ao abri-lo, lá estava outro envelope misterioso.
Pegou e abriu. Lá estava:
_ Escreva o lugar que você mais gosta e coloque na caixa de correio de sua casa.
Ele achava isso uma besteira. Mas no fundo, estava com medo de não fazer o que a carta falava. Então, pegou uma folha de papel e escreveu o nome do lugar que via nos seu sonhos, quando sonhava que estava com seus pais. Ele, como eu disse, era órfão, perdeu seus pais em um trágico acidente de carro. Apenas Saulo sobreviveu. E com 7 anos foi criado pela sua avó. Mas quando Saulo estava com 17 anos, sua avó, que o tinha criado desde os 7 anos de idade, tinha falecido por causa da velhice, deixando pra ele de herança todos os bens juntamente com os de seus pais.
Hoje, Saulo com 19 anos, se lembra de tudo que aconteceu com ele todos os dias. E sempre que está deprimido, sonha com esse lugar que escreveu na carta. Um lugar lindo, cheio de flores, com seus pais, com anjos e com todos os lugares que já tinha passado com seus pais. Lugares que fazem parte de sua vida.
Então, escreveu assim na folha de papel:
_ O LUGAR DOS MEUS SONHOS.
Assim, rapidamente colocou na sua caixa de correio e foi para a janela observar se o dono das frases iria pegar. Ficou o esperando por horas, mas acabou pegando no sono.
Acordou assustado, e com raiva de não ter visto o salafrário das cartas. Correu para a caixa de correio e a carta não estava lá. Ficou pensando naquela maluquice que estava acontecendo.
Quando subiu para o seu quarto, abriu aquela página estranha e percebeu que a filmagem não era ao vivo, e sim gravadas. Mas eram imagens que ele não estava se lembrando de ter feito. Quando de repente entra sua mãe no quarto. Ele leva um susto quando a vê na filmagem, pois a imagem de sua mãe era velha e a sua imagem de um menino de 10 anos de idade.
Ficou louco. Não sabia o que estava acontecendo. A sua imagem de 10 anos não era a mesma. Parecia que não era ele. E logo a história se confirmou quando sua mãe gritou o menino Charles e ele saiu do quarto de Saulo na imagem do computador.
Não sabia o que estava acontecendo e ficou desesperado. Logo a campainha de sua casa tocou e saiu correndo para saber quem era.
Abriu aporta e encontrou um jornal velho na porta de sua casa.
Pegou o jornal. Sentou no sofá. Abriu o jornal.
Um susto.
Estava como a data de 03 de Abril de 1997 e como manchete principal:
“FALECEU HOJE, SAULO, FILHO DA ATRIZ LUIZA LINDYU E O JORNALISTA MARCELO LOPES.”
Não estava entendendo nada. Lá estava falando que quem tinha morrido era ele e não seus pais.
E logo apareceu um anjo que via sempre nos seus sonhos, pedindo para lhe dar a mão e seguir a luz. Ele não queria ir, e logo quem foi no seu lugar foi a sua amiga Daniela. Libertando-a e fazendo-a encontrar a luz. Deixando-a livre para seguir seu caminho. E tudo naquele momento fazia sentido. As cartas, os vídeos.
A escola que Saulo frequentava também só tinha jovens que não conseguiam ver a luz.
Tudo fazia sentido.
O nome de sua melhor amiga é Daniela, sendo assim, ele fez ela encontrar a luz no seu lugar e foi ser feliz no lugar dos seus sonhos. Ou seja, o lugar do sonho de Saulo.
Então, mais uma vez sua memória foi esquecida e depois de mais uma tentativa sem sucesso, outra pessoa vai ser feliz no lugar de Saulo.
Sendo assim, Saulo continua sua vida, sem se lembrar de nada.
E hoje, o tempo vai passando e Saulo continua. O tempo passando e ele vagando entre nós.
Então, nunca pense o mal para um amigo, pois seus pensamentos podem voltar contra si mesmo. Ou nunca deseje algo para alguém que você não gostaria que acontecesse consigo mesmo.
Mesmo no susto, mesmo na depressão, insista em ter amigos, pois eles um dia podem seguir por você uma vida que eles gostariam de ter.
Tendo amigos, você pode ajudá-los a encontrar seu caminho, fazendo o outro feliz. Quem sabe, você sendo amigo de alguém, esse amigo te ajude a encontrar um caminho bem melhor do que você tem hoje.

Talita Samara - 307

A façanha de Fernando

Fernando estava em uma excursão com seus colegas. Eles foram para o parque das Mangabeiras, num sábado. Todos estavam se divertindo muito com a bela paisagem. Quando entraram numa trilha, Fernando ficou admirando as árvores e não percebeu que os colegas haviam continuado a andar.
Quando se deu conta, estava perdido. Olhou para um lado, olhou para o outro e não havia ninguém. E ele ficou desesperado, pois quando ele olhou pra frente a trilha se dividia em duas. Ele colocou a mão na cabeça e disse:
- E agora?!.
Passaram-se alguns segundos, ele resolveu seguir para a direita e começou a gritar os nomes de seus colegas. Alguns minutos se passaram e nada, ele então resolveu ligar para um deles, mas quando foi ver seu celular tinha acabado a bateria. Quando já estava escurecendo e ele tinha perdido as esperanças, ele começou a ver algumas luzes parecendo lanternas e ouvindo seu nome. Eis que eram seus colegas procurando por ele. Respirando aliviado, responde falando:
- Estou aqui, aqui!
Eles se encontram e seus colegas começam a xingá-lo:
- Seu burro, como você conseguiu se perder aqui?
Fernando, nervoso e ao mesmo tempo envergonhado, muda de assunto e diz:
- Vamos embora, anda, tô morrendo de fome!
E eles voltam pra suas casas com uma boa história para contar.

Priscila Cordeiro - 306

Mistérios da internet

Um dia, Saulo estava navegando pela internet, como sempre fazia à noite. Entre bate-papos com os amigos, estava fazendo uma pesquisa escolar. Pesquisando por vários sites relacionados com o assunto, se deparou com uma página muito estranha, que começou a interagir com ele. Saulo ficou alguns segundos hipnotizado com a foto de uma garota linda querendo conversar. Ele pensou por alguns momentos e disse:
- Será que eu converso? Ou será que é mais uma das várias pegadinhas dos meus colegas do 2º grau. Perguntas, perguntas e mais perguntas. É melhor eu me decidir logo, pode ser que a garota desista de conversar comigo, ou veja quão idiota eu sou por estar pensando se vou ou não conversar com ela. Ah, não deve ser tão ruim assim, um clique não vai fazer nenhum estrago, não vai provocar uma guerra no Iraque.
Saulo então decide clicar e de repente um rio de informações apareceu em sua tela do computador: trabalhos, fotos, textos, senhas, segredos, medos, tudo aquilo que ele não falava; às vezes por medo, outras pelo simples fato de não ter com quem falar. O computador havia se tornado seu melhor amigo em tempos difíceis, no qual ele só pensava em escrever, escrever e escrever.
Ele estava vendo tudo indo embora, diante de seus olhos. Ele ficou pasmo, sem reação, agora de nada adiantaria sair correndo e gritar um técnico, desligar o computador ou até jogá-lo pela janela. Já estava feito, ele via tudo ir embora e não podia fazer nada.
Quando ele voltou a si, o desespero tomou conta de sua mente, ele saiu correndo de um lado para o outro pensando no que deveria fazer. Devia haver uma solução, sempre há.
Já era tarde demais. Ele foi obrigado a ver tudo aquilo que ele não queria que ninguém visse de repente nas mãos de um estranho, um inimigo, alguém cuja mente é tão maldosa que faz com que um simples clique desvendasse tantos segredos que ele insistia em guardar. Ele acabou esquecendo-se da pesquisa que tinha que fazer, o tema era: mistérios da internet. Ao invés de pesquisar, ele resolveu simplesmente contar o que havia lhe acontecido naquela madrugada, uma madrugada que deveria ter sido como tantas outras, mas que apenas um clique conseguiu fazer toda a diferença.

Amanda Reis - 308

Sem título...

Geraldo foi pescar com seu pai e uns amigos no Pantanal. A viagem foi tranquila e passaram por lugares muito bonitos. O passeio estava muito bom, haviam pescado muitos peixes e visto muitos animais exóticos. No terceiro dia de pesca, depois de duas horas e vários peixes, Geraldo fisgou um. Estava muito pesado para ele e seu pai veio ajudar.
De repente... sai Juma de dentro d'água, uma morena encantadora: 1.80m de altura, 67 quilos, cabelos e pele morena, cor de jabuticaba, linda como o luar... Quando seu pai viu aquilo, ele ficou estonteado, sem reação alguma. Passados 5 minutos de puro delírio, Geraldo joga água em seu pai, que consegue puxar aquele “peixão” para dentro do barco.
Prosa vai, prosa vem, Geraldo e seu pai descobrem que Juma não é Juma, e sim Oswaldir, o lenhador, que se perdera em meio à mata pantanense. Mas não qualquer lenhador - não senhor - era o lenhador mais temido do centro-oeste brasileiro. Oswaldir era procurado em várias cidades da região, algumas por seduzir pescadores e levar eles para matar, para satisfazer seus desejos mais pecaminosos, em outras por roubar seus barcos e deixar os pescadores nus em meio aos crocodilos e as piranhas sedentas por sangue.
Quando Geraldo e seu pai descobrem isso, eles se veem em uma situação desesperadora, na qual pai e filho puderam ser alvo de um lenhador tarado, que sabe-se lá o que ele poderia fazer. Ou melhor, como ele poderia fazer. Ou melhor, como ele iria fazer!
Mas em um milésimo de segundo, Geraldo toma uma atitude encorajadora e empurra seu pai no rio com intuito de salvá-lo, assim colocando-se em perigo. Dito e feito: Oswaldir, o lenhador tarado, sem pensar leva Geraldo para a mata, e faz dele seu escravo por semanas, até que os amigos de seu pai o encontram amarrado em uma árvore.
Desde então, Geraldo virou motivo de chacota na cidade, na escola, na igreja com o padre, na sauna... até na sauna. Pobre Geraldo. Uma viagem de pesca em que ele queria fisgar um peixe, acabou sendo fisgado.

Guilherme Augusto - 306

Um sonho

Marta havia se mudado com sua família para uma casa na periferia. A casa era bem antiga, mas era muito espaçosa, havia quartos que não iria usar e outros cômodos que nem havia entrado. Depois de terem colocado as coisas no lugar, todos foram para a cozinha, mas Marta decidiu dar uma olhada em um quarto que havia permanecido fechado. Ela foi chegando perto da porta para ver se estava aberta e viu que a porta estava trancada. Ela pensou em ir pegar as chaves com seus pais, mas quando ia se afastando da porta, ela escutou um barulho vindo da porta: "Click". Quando ela olhou em direção à porta, viu que ela esta meia aberta, e achou que pela porta ser velha podia estar enferrujada e por isso não abriu quando ela tentou.
Quando ela entrou, viu que era um antigo quarto de empregada ainda mobilhado e com retratos das antigas empregadas que já trabalharam na casa ao longo do tempo. Não havia poeira no quarto, o que pareceu estranho para ela, pois ninguém morava na casa há anos. Mas ela não deu importância e continuou a olhar tudo o que tinham lá, sem perceber as horas passando.
Então ela viu que já havia escurecido, aí resolveu sair para ir procurar seus pais para contar o que tinha achado. Quando foi abrir a porta, ela não conseguiu abrir, pois a porta tinha ficado emperrada. Ela então bateu e chamou pelos seus pais para que pudessem ajudá-la a abrir a porta para que ela pudesse sair, mas nada adiantou. Cansada de esperar por socorro, ela resolveu ficar ali mesmo até seus pais perceberem que ela havia sumido.
Ela arrumou a cama para dormir, pegou travesseiros e cobertores no armário e percebeu que tudo estava limpo e dobrado como se o quarto já estivesse pronto. Isso a preocupou só por um instante, mas o cansaço já havia vencido sua mente e ela já não conseguia entender mais nada ali no quarto, ela então foi dormir.
No dia seguinte, ela foi acordada por uma mulher vestida de empregada dizendo para ela se vestir logo, pois os patrões já iam acordar. Meio sonolenta e assustada, ela se levantou e perguntou o que estava acontecendo. A senhora repetiu para ela ir arrumar a mesa. Sem ela perceber, já estava vestida de empregada de frente para a porta do quarto com a senhora. Ela se vira para a senhora e pergunta o que estava acontecendo mais um vez. A senhora pergunta se ela está bem e diz:
- Essas novas empregados nunca sabem o que estão fazendo.
Ela assustada pergunta:
- Eu, uma empregada?
Sem acreditar no que estava acontecendo, ela pergunta onde estão seus pais e por que ela estava na casa dela. A senhora riu do que ela disse:
- Sua casa, onde estão seus pais?
Chorando de rir, a senhora fala para ela que ainda estava sonhado e disse que ela era órfã, pois tinha perdido seus pais em um acidente e foi criada em orfanato, e que havia sido contratada ontem para ser a nova empregada. E fazendo uma piada com a cara dela disse que já estava tento sonho com uma família. Ela ficou apavorada vendo o que a senhora disse e perguntou para ela o que estava acontecendo. A senhora disse para ela ir lavar o rosto para acordar, deixar dessas baboseiras e ir arrumar a mesa.
Marta, depois de lavar o rosto para se acalmar, pensou melhor disse para si mesma que tudo isso era só um sonho, pois tinha dormido no quarto das empregadas e estava sonhando com isso. Então ela pensou: “já que é um sonho vou ver como é ser um empregada.” Ela então foi arrumar a mesa para o café da malha, pois sabia fazer serviços domésticos, já que ficava a maior parte do dia sozinha em casa, porque seus pais trabalhavam o dia todo. Enquanto arrumava a mesa, ela lembrou que seu pai disse um dia que ela era melhor que sua mãe para cuidar da casa, pois sua mãe mal sabia fazer comida.
Depois de arrumar a mesa, a senhora disse que os patrões já estavam vindo. Quando ela viu os patrões, ela deu uma pequena risada, pois eles eram seus pais. A senhora viu e deu um cutucada para ela parar e prestar atenção. Depois do café, eles saíram para o trabalho. As duas começaram a arrumar a casa e Marta perguntou se eles não tinham filhas. A senhoras fechou o rosto e com uma cara séria pediu para ela nunca mais perguntar isso de novo, pois a filha deles havia morrido em um acidente na casa há muito tempo. Ela com um pouco de curiosidade perguntou se tinha uma foto da filha, pois na casa não havia nenhum retrato. A senhora, para acabar com a curiosidade dela, falou que quando ela veio trabalhar na casa ele já tinha tirado todas as fotos dela da casa, pois sua esposa ficou com muita depressão por sua única filha morrer. Então seu marido tirou todas as fotos para que ela pudesse esquecer. Depois que a senhora terminou de falar, pediu para Marta nunca mais tocar no assunto, pois as duas podiam perder o emprego. Marta concordou em nunca mais falar sobre isso, pois estava gostando do "sonho", porque podia conhecer melhor seus pais. Depois de um tempo, seus patrões voltaram para casa. Marta e a senhora foram recebê-los para o jantar. Depois do jantar, todos foram para seus quartos dormir.
Marta não queria mais acordar de seu sonho, pois estava gostando dele, mas Marta já estava cansada por ter trabalhado o dia todo. Sem opção, ela foi para a cama triste, pois sabia que no dia seguinte, quando acordasse, o sono teria acabado, então triste ela foi dormir.
No dia seguinte, Marta foi acordada novamente pela mesma senhora que a mandou se arrumar e ir arrumar a mesa para o café da manhã. Marta, achando que era um outro sonho maluco, mandou a senhora ir embora, pois estava com muito sono e a senhora avisou que não ia ficar discutindo com ela como ontem. Após ouvir isso, Marta se levantou feliz por continuar no mesmo "sonho", arrumou-se e foi arrumar a mesa para o café como no dia anterior. Após o café, seus patrões foram trabalhar. Então elas começaram a arrumar a casa como anteriormente. Depois de um tempo, seus patrões chegaram para jantar. Após o jantar, todos foram para cama dormir. Marta ainda queria continuar no sonho, pois tinha alguém para conversar. No dia seguinte, Marta tinha acordado no mesmo lugar, mas dessa vez antes da senhora chamá-la. Marta após um tempo esqueceu que tudo aquilo era um sonho e assim ela passou seus dias na casa, sem perceber que já haviam se passado anos desde que ela acordou nesse sonho. Mas isso não a preocupava mais, pois aquilo tinha virado sua realidade.
Seus pais já estavam preocupados por Marta não ter voltado de seu passeio pela casa e foram procurá-la. Após um longo tempo, eles a encontraram no chão desmaiada, pois um caixa velha caiu em sua cabeça. Seus pais preocupados a levaram para um hospital, mas já não dava para fazer nada, porque Marta havia batido a cabeça com muita força no chão causando hemorragia interna.
Os médicos disseram que eles tinham que decidir o que fazer: desligar os aparelhos que a mantem "viva" ou desligá-los. Após um tempo, eles decidiram desligar os aparelhos para que sua filha pudesse partir. Um dos médicos perguntou se eles aceitariam doar os órgãos da filha para ajudar uma menina que estava morrendo. Seus pais autorizaram, pois Marta fazia de tudo pelos outros. Ali perto, uma garotinha prestes a morrer por causa do coração, recebeu a notícia que havia um doador para ela. Uma das enfermeiras comentou como ela tinha muita sorte, mesmo depois de ter ficado órfã no acidente de carro.

Alex - 307

Sem título...

Pablo havia terminado seu último namoro a uns cinco meses, quando decidiu sair sozinho para o centro da cidade. Estava à procura de uma nova namorada: não era muito exigente, mas tinha alguns critérios. Entrou num bar, onde havia bastante gente e algumas pessoas estavam dançando. Ficou no balcão até que viu uma mulher linda, sentada em uma mesa, acenando na direção dele. Não acreditou que seria com ele, parecia uma visão do paraíso, mas depois da insistência da moça, Pablo foi se sentar com ela.
Então ela começou a falar tudo sobre sua vida, disse que estava ali à procura de alguém bem legal que pudesse substituir o namorado que teria terminado com ela há alguns meses. Pablo então sentiu uma forte atração pela linda moça. E com ela começou uma dança bem romântica. Depois foram para um lugar bem aconchegante.
Lá eles começaram uma conversa bem íntima, e ela falou que já tinha sofrido muito pelo último namorado dela. Ela havia se apaixonado por ele, mas como para ele tudo era aventura, causou então muito sofrimento para ela. Mas ela estava disposta a dar um basta nesse amor sofrido. Pablo então sentiu um pouco de dó e quis então fazer essa moça mais feliz, mostrando pra ela que o que ele estava sentindo por ela não era uma aventura, mas sim um forte sentimento verdadeiro, e que queria viver ao lado dela pelo resto da sua vida.
Pablo estava completamente apaixonado pela linda moça, mas depois de alguns meses, ele percebeu que ela ainda não havia se esquecido do ex-namorado. Mas ele continuou com ela, tentando fazer com que ela se esquecesse do “ex” e se apaixonasse por ele...

Vanilda Las Casas - 306

Sem título...

Patrícia estava em uma festa na casa de amigos. A festa estava boa, mas já estava quase no fim e ela decidiu ir embora com uma amiga. Despediram-se de todos e foram caminhando para casa às 11 horas da noite. No caminho não havia muita gente, pois estava muito frio naquela noite.
De repente, elas decidiram ir embora de ônibus. Chegando no ponto encontraram mais duas amigas, se empolgaram e começaram a contar casos.
Patrícia, muito preocupada com o horário de chegar em casa, liga para sua mãe e avisa que iria se atrasar um pouco. Ao desligar o telefone, ela avista alguns meninos muito animados gritando no meio da rua. As amigas dela começaram a corresponder as gritarias, mas Patrícia meio desconfiada fica com medo, pois eles começaram a se aproximar delas. Quando Patrícia viu que eles eram bonitos se animou, eles as cumprimentaram e as convidaram para uma festa na casa de um amigo.
As amigas de Patrícia empolgadas aceitaram, e ela meio preocupada com horário pensou um pouco, mas se animou e pensou que já tinha ligado pra sua mãe avisando que iria se atrasar. Então se demorasse um pouco mais, não teria problema e logo aceitou o convite também. Quando chegaram à festa, viram que estava animada e cada uma delas pegaram um garoto e foram para um lado da festa. Patrícia ficou na companhia de Gabriel, ele era o mais legal e bonito.
Passado algum tempo em que a festa estava rolando, Patrícia já havia bebido bastante e estava muito empolgada com Gabriel, a ponto de nem ouvir o celular dela tocar, no qual sua mãe já havia ligado muitas vezes. Patrícia aproveitou a festa e quando olhou no relógio já eram 3 horas da manhã. Saiu à procura das amigas, mas não encontrou nenhuma delas. Ela ficou desesperada, pois não sabia como iria embora. Pediu a Gabriel para levá-la e ele topou na hora, mesmo não estando em condições.
Entraram no carro com muita dificuldade, estava chovendo e havia muita neblina. Gabriel saiu disparado, gritando e fazendo zigue-zague com o carro. De repente, entraram na contramão, não vendo um carro à sua frente. O carro deles capotou várias vezes na pista, jogando Gabriel para fora.
Localizaram a mãe de Patrícia. Ela chegou ao hospital e encontrou Patrícia desacordada no CTI, e recebeu a notícia de que o rapaz que estava com ela não sobreviveu.
Passaram-se dois meses. Patrícia, já restabelecida, saiu do hospital muito triste e arrasada por saber sobre Gabriel. Ela aprendeu que podemos nos divertir, mas não podemos ser irresponsáveis, brincando com a vida e colocar sempre em prática que: se beber, não dirija e se dirigir, não beba.

Thatiane - 307

A porta

Marta havia se mudado com sua família para uma casa na periferia. A casa era bem antiga, mas era muito espaçosa, havia quartos que não iria usar e outros cômodos que nem havia entrado. Depois de terem colocado as coisas no lugar, todos foram para a cozinha, mas Marta decidiu dar uma olhada em um quarto que havia permanecido fechado...
Indo tranquilamente pelo corredor totalmente distraída, Marta vê que a luz de frente para o quarto começou a piscar como se estivesse querendo queimar. Acha bem normal por ser uma casa antiga e tal. Então ela estava pensando:
- Deve estar queimando, é melhor eu olhar isso depois”...
Mas o que ela não esperava é que tinha muita coisa que a aguardava. Aproximando-se da tal porta fechada, Marta começou a ouvir algo vindo lá de dentro: grunhidos... mas nem liga. Ao mesmo tempo fica meio que atenta, porque não tinha ninguém nessa parte da casa. Então, quem poderia estar lá? Mas Marta era guerreira e não desistia nunca. Deixou as besteiras de lado e tentou abrir a porta. Na tentativa frustrante de tentar abri-la, Marta acha que a porta estava emperrada, porque ela tentou de todas as maneiras e não conseguiu abri-la, e pensou:
- Vou deixar pra lá, depois volto aqui e olho o que posso fazer com este cômodo.
Quando Marta deu as costas... Tchan Tchan Tchan Tchan ....!!!
A maçaneta abriu sozinha....
Marta olhou para trás e tentou ver se não era ninguém que estava fazendo sacanagem com ela. Acha até que era seu filho, Paulo, fazendo brincadeiras. Mesmo com um pouco de receio, ela decidiu abrir a porta para entrar. Assim que ela colocou a mão na porta para entrar, a porta se fechou sozinha e o grunhido se repetiu novamente. Marta, com medo, correu para a cozinha assustada.
Chegando lá, ela percebeu que toda sua família estava lá. Então pensou em quem poderia ter feito essa brincadeira de mau gosto. Não querendo render muito o assunto, pensou que isso tudo podia ser um mal entendido e deixou pra lá...
No dia seguinte, Marta acordou e preparou o café de seus filhos e do marido. Seus filho Paulo e Marivaldo tomam o café e vão para a escola, aproveitando a carona de seu pai que estava indo trabalhar. Marta ficou em casa sozinha!!!
Era exatamente 10:00 horas da manhã quando Marta vai para a sala e liga a TV e percebeu que ela não queria ligar. Achou que devia ser a tomada e deixou pra lá. Então pensou:
- Vou colocar uma música para descontrair, enquanto preparo o almoço.
Tentou ligar o som e nada. Achou estranho porque tanto o som como a TV não estavam funcionando. Então ela decidiu ir preparar o almoço assim mesmo. Quando ela foi para a cozinha, ela passou pelo corredor que dava para a tal porta misteriosa. Quando ela virou o corredor, se assustou!!!
GRRRRUUUUINNNNNNNNNNN!!! PAá, PaÀ, PA...
A misteriosa porta estava batendo sozinha: “HO MY GOOD”!!!!!!
Ela apavorada com medo correu para a varanda. Quando ela estava indo para a varanda, olhou bem rápido para o espelho da copa e teve a impressão de ter visto uma menina bem nova de cabelos pretos passar correndo pelo corredor... pensou que era algum intruso e foi ver, com muito medo, mas mesmo assim ela foi!!! Chegando no corredor, não tinha ninguém e a porta que antes estava aberta agora estava fechada...
Ela muito assustada sai de casa e vai para a rua. Chegando lá encontra-se com seu vizinho Luiz, que a cumprimenta cordialmente e lhe pergunta qual o motivo do espanto. Ela ainda muito assustada explica para seu vizinho. Logo seu vizinho lhe conta uma coisa inesperada, que nessa casa antes deles virem morar uma menina de 6 anos de idade morreu sufocada pelo pai.
Ela logo descreveu a menina que viu rapidamente como vulto e se assemelha muito com a menina que morreu na casa...
Vendo-a muito assustada, Luiz a convida para entrar em sua casa, porque via que ela estava meio abalada. O vizinho ouviu a história do vulto, da porta batendo e tudo, e deu um conselho para Marta: chamar sua prima. Ela era médium e por coincidência estava indo para a casa de Luiz naquela manhã. Então ela resolveu esperar que a prima chegasse para poder conversar com ela, e pensou:
- Nada custa, né? A gente ouve tantos casos de assombração! Deus me livre! Que não seja nada, mas por agora não entro na minha casa sozinha. - Pensou assustada...
Chegando a prima de Luiz, logo cumprimentou-a e começou a contar-lhe sobre o assunto. Ela se interessou, e quis dar uma olhada na casa... Logo que chegaram na entrada, a médium se mostrava bem estressada e ofegante, e dizia que alguma coisa não queria ela ali. Mas mesmo assim entrou. Chegando lá, do nada, o quadro da parede começou a mexer sozinho. Marta entrou em pânico e grudou na médium que pedia calma da parte dela... No corredor, a médium falou que tinha alguma coisa que não queria de forma alguma que ela entrasse mais do que aquele ponto. Ela não queria se arriscar e decidiu sair ...
Já na casa de Luiz, a médium conversou com Marta que estava muito desesperada com o que tinha visto, e falou:
- Olha, te aconselho a não entrar nem tentar abrir a porta que você me falou, porque tem alguma coisa lá que não quer que ninguém entre!!
Marta tomou coragem, se despediu de Luiz e de sua prima e voltou para casa. Passou pela varanda e entrou. Respirou fundo e falou:
- Minha casa não tem nada, tudo isso foi um mal entendido.
Depois do acontecimento coisas estranhas aconteceram na casa, não só com Marta mas com seus familiares: vozes sussurradas, coisas que sumiam, aparelhos que não pegavam, até que um dia...
Marta toma coragem e vai com seu marido, que já estava a par do assunto, para tentarem abrir a porta, e tentaram abrir a maçaneta e nada. Então pegaram ferramentas para arrombá-la. Quando eles conseguem abrir a porta, eles tem uma visão de um homem matando uma menina. Marta logo se lembra do que seu vizinho Luiz te contou e pega seu marido e saem do cômodo; e a porta se fecha sozinha...
Muito assustados, os dois se comunicam com a prima de Luiz, a médium, para que ela possa fazer uma visita a eles urgentemente. Ela chega bem rápido. Marta conta tudo o que viu para ela e o que tinha acontecido. Então a médium decide entrar no quarto juntamente com Marta e seu marido. Chegando lá, a médium começa a ficar estranha, e pede para eles saírem do quarto. Passado uns 2 minutos, ela sai toda descabelada e com a roupa desarrumada. Meio aflita, fala:
- Vocês tem que sair dessa casa. O que tem aqui não é bom para vocês e suas famílias.
Do nada, a médium olha para o final do corredor, avista alguma coisa e começa a gritar:
- MEU DEUS, SOCORRO, saiam daqui! AAAAAAAAAAAAAAA!!!!” - Como se algo tentasse pegá-la.
Logo quando ela passa de frente ao espelho da copa, aparece o reflexo de um homem de aparência horripilante a puxando pelos cabelos, mas ela consegue se soltar e corre para a porta e o homem no reflexo do espelho desaparece.
Marta e seu marido ficam desesperados com o que viram e presenciaram, e no maior desespero correram para seus quartos, pegaram a chave do carro, documentos e decidiram partir o mais rápido possível (seus filhos estavam na casa de sua tia). Com toda pressa, passaram correndo pelo corredor e saíram pela porta. Entraram no carro e aceleraram.
Assim, quando Marta olha para trás para a casa, avista na janela um homem (o mesmo que se projetou no espelho com uma menina pequena de cabelos pretos).....
Depois desse dia, Marta nunca mais voltou para aquela casa...
E conta a lenda que até hoje os dois tais espíritos aparecem pela sacada, esperando e assombrando quem passa pela rua...!!!

Hudson - 308

Quando menos se espera o amor acontece

Pablo havia terminado seu último namoro há uns cinco meses, quando decidiu sair sozinho para o centro da cidade. Estava à procura de uma nova namorada: não era muito exigente, mas tinha alguns critérios. Entrou num bar, onde havia bastante gente e algumas pessoas estavam dançando. Ficou no balcão até que viu uma mulher linda, sentada em uma mesa, acenando na direção dele. Não acreditou que seria com ele, parecia uma visão do paraíso, mas depois da insistência da moça, Pablo foi se sentar com ela...
Quando o mesmo se aproximou da linda garota, logo pensou:
- Porque ela está me chamando?
Meio tímido, Pablo cumprimentou a garota e logo perguntou o nome dela, que lhe respondeu Lorrana. Os dois se sentaram na mesa do bar e Pablo pediu ao garçom uma cerveja, porém Lorrana não era uma garota que gosta de beber, e logo rejeitou o pedido da cerveja, mas aceitou um refrigerante. Com isso, ele já agradou da garota, pois sentiu que ela parecia ser diferente das outras do bar. Lorrana era observadora e perguntou ao Pablo o porquê de estar sozinho dentro naquele local. E triste o mesmo respondeu:
- Estou pensando na vida... Desde que terminei um relacionamento duradouro com uma ex-namorada, há cinco meses, me sinto vazio. Preciso de alguém que recomponha este vazio em meu coração e me dê a felicidade novamente. Mas enfim não é um assunto a ser tratado dentro de um bar.
Lorrana se sentiu mal e se desculpou, mas em seguida falou para o Pablo que já o conhecia de vista da faculdade. Segundo ela o mesmo ia sempre com seus cabelos amarrados... Mas enfim, encabulado com a situação, ele perguntou o motivo para Lorrana lhe chamar, já que ela o conhecia de vista, mas nunca tinha lhe convidado para uma conversa na faculdade. Ela respondeu:
- Eu conheci a Carla, sua ex-namorada. Éramos amigas de infância, mas ela era muito arrogante e com isso nós rompemos a amizade. Mas ela sempre falava de você, quase sempre muito bem, e também me mostrou várias fotos suas. Por isso quando te vi ali no bar sozinho achei estranho.
Naquele instante, Pablo ficou mudo, pois ficou assustado pelo fato de Lorrana conhecer tanto sobre a vida dele e ele saber tão pouco dela... Passou algum tempo, Pablo pediu a conta e convidou Lorrana para que fossem a um cinema no dia seguinte, e a levou com seu belo carro até a sua casa, que não era longe dali.
Um dia se passou e lá estavam Pablo e Lorrana indo ao cinema. Ele adorava mulheres que se vestiam muito bem, mas que fossem espontâneas e objetivas. Porém Lorrana, apesar de ser muito bonita e espontânea, não tinha muita objetividade. Ela, em sua casa, vivia pensando no rapaz, porém não aparentava estar gostando dele, devido a ele ser “ex-namorado de sua ex-amiga”. Ela pensava muito no que as pessoas podiam dizer... Já Pablo estava também começando a gostar da garota, pois ela era exatamente da maneira que ele procurava, mas pelo fato de ser muito tímido também não tinha muita atitude em dizer o que sentia...
Chegando ao cinema, os dois foram assistir “A Lagoa Azul”, filme o qual era novo e super sucesso nos cinemas de todo o mundo. O filme se tratava de uma história de garotos que viviam em uma ilha, onde se apaixonaram loucamente. Naquele clima romântico, Pablo deu as mãos a Lorrana mas nada acontecia. O filme acabou e novamente os dois foram embora para suas casas chateados, mas com aquela vontade de estarem próximo um do outro novamente.
Algumas semanas se passaram e os dois estavam cada vez uma mais íntimos um do outro, mas nada acontecia. Até que em um belo dia Lorrana e Pablo resolvem ir para a praia, que era um pouco distante dali.
Chegando à praia, que estava praticamente deserta, os dois começaram a ver o sol se por junto às ondas do mar e lembraram do filme “A Lagoa Azul”, no qual os dois personagens se perderam em um amor profundo. Naquele momento, Pablo disse que estava apaixonado por Lorrana e ela lhe deu um beijo lindo e verdadeiro. E ali nascia um lindo e longo namoro que durou 3 anos, e logo os dois se casaram e viveram juntos até o fim de suas vidas!

Ramon - 306

O hospedeiro

EXCLUÍDO POR DESCOBERTA DE PLÁGIO. Link do texto: Clique aqui!

O encontro da felicidade

Marta havia se mudado com sua família para uma casa da periferia. A casa era bem antiga, mas era muito espaçosa, havia quartos que não iria usar e outros cômodos que nem havia encontrado. Depois de terem colocado suas coisas no lugar, todos foram para a cozinha, mas Marta decidiu dar uma olhada em um quarto que havia permanecido fechado.
Quando Marta entrou no quarto, começou a escutar um barulho estranho, como se fosse um choro. Foi quando decidiu olhar dentro de um guarda-roupa velho que outra família tinha deixado na casa. E dentro daquele guarda-roupa tinha um bebê de mais ou menos 6 meses chorando muito.
Marta ficou desesperada, correu para a cozinha e contou o que tinha acontecido. Todos ficaram sem saber o que fazer, pois não sabiam de onde e nem de quem era aquela criança. Marta pegou o menino, que estava muito assustado e chorando muito de fome, foi até a cozinha e esquentou um leite para ele, já que ninguém tinha leite materno.
Marta e seu marido ficaram desesperados e ao mesmo tempo felizes, já que eles ainda não tinham filhos. E logo então, seus pensamentos foram o mesmo:
- Vamos adotá-lo!
A irmã de Marta, que havia se mudado com eles, achou a ideia uma loucura, dizendo que, como o menino não era dela (Marta), então ela não teria que ficar com ele. Marta, pelo contrário, pensava que esse menino não veio parar na vida dela à toa. Se ela o encontrou é porque algum propósito tinha.
Passados alguns dias, Marta e seu esposo começaram a dar andamento nos papéis para a adoção. Chegando lá, a mulher lhes disse que teriam que entregar a criança para eles enquanto eles não tinham a guarda, e que eles poderiam correr o risco de outros pais pegarem a criança, pois como eles moravam em um lugar muito simples, eles não teriam condições de criá-lo.
Marta ficou revoltada com a situação, não aceitava de maneira alguma entregar a criança e ainda correr o risco de não tê-lo com ela. Foi então que Marta decidiu entrar na justiça contra eles. Não foi fácil, e depois de 5 meses, Marta conseguiu a guarda da criança.
Todos estavam muito felizes com o mais novo membro da família, Marta e seu marido mais ainda, pois estavam realizando um grande sonho que era ter um filho, já que o marido de Marta não podia ter filhos, pois descobriu que era estéreo.
Num certo dia, Marta estava em sua casa com o seu filho, que colocara o nome de Mateus, quando ouviu alguém bater na porta da sua casa. Quando abriu, viu uma moça nova e chorando muito. Marta, achando aquilo muito estranho, perguntou à moça o que estava acontecendo. Foi quando Marta descobriu que aquela mulher era a mãe biológica de Mateus.
A mulher que se dizia ser a mãe biológica da criança disse que não tinha como sustentar o filho, pois foram mandados para fora de casa, e então, como não tinha recursos para criá-lo, teve que deixá-lo naquele barraco.
Marta ouvia tudo atenciosamente, mas paralisada, sem acreditar no que estava acontecendo. A moça, que se chamava Renata, disse que estava voltando para buscar o filho, pois agora estava com condições melhores para criá-lo.
Marta não sabia o que fazer, passava o dia chorando, não tinha mais vontade de fazer nada e acabou caindo na depressão.
Passado exatamente um ano, quando Marta já estava mais conformada com a situação, ela decidiu ir visitar Mateus, que já estava com quase dois anos de idade. Chegando lá, a mãe dele atendeu. Marta disse que estava com muita saudade do garoto e que queria vê-lo. Quando Marta entrou e viu Mateus sozinho num canto, se sentiu estranha, mas o garoto, ao vê-la foi logo dando um grande abraço nela, e Marta não conteve as lágrimas.
Ela já estava quase indo embora quando percebeu que Mateus estava com muitas manchas na pele, muito machucado e com arranhões. Marta perguntou à mãe o que estava acontecendo, e ela disse que não era nada, que ele apenas tinha caído.
Marta foi embora pensando no que tinha acontecido. Chegou em casa, contou para seu marido e ele também achou muito estranho. Então, decidiram procurar alguma pessoa, algum delegado para investigar o assunto, mas como não tinham dinheiro, eles foram até um amigo deles, lá da periferia mesmo.
O rapaz encarregado de ajudá-los também achou muito estranho, pois não é normal uma criança de apenas 2 anos ter tantos hematomas assim. O rapaz fez várias visitas na casa de Mateus, junto com Marta, fazendo se passar pelo marido dela, quando concluiu que Mateus estava sendo de vítima de espancamento pela mãe e pelo padrasto.
Marta fez a denúncia, e mais uma vez recorreu à justiça, que, indignada com aquilo decidiu dar a guarda provisória para Marta. Alguns dias depois, Marta recebeu um telefonema falando que ela tinha ficado com a guarda definitiva de Mateus, já que a mãe biológica e o padrasto tinham sido presos e eles não tinham familiares.
Marta se sentiu aliviada e muito feliz. Ela viu que o propósito de um dia ter encontrado Mateus na sua vida, era que ele iria fazer dela e de seu marido, as pessoas mais felizes do mundo!

Carla - 307

Digital Chase

Um dia, Saulo estava navegando pela internet, como sempre fazia à noite. Entre bate-papos com os amigos, estava fazendo uma pesquisa escolar. Pesquisando por vários sites relacionados com o assunto, se deparou com uma página muito estranha, que começou a interagir com ele. Saulo ficou alguns segundos hipnotizado...
Quando de repente algo aconteceu: ele foi sugado para dentro do monitor.
Ele se deparou com um mundo novo, mas bem diferente. Logo em seguida conheceu um ser estranho, grande e com uma armadura vermelha.
Ele se apresentou e disse que Saulo era o escolhido para recuperar a paz entre o reino de Canaban e o reino de Vermecia, no mundo que parece se chamar Pan Gu.
Saulo recebeu um novo nome que, no qual era chamado o legendário herói que salvou Pan Gu a 600 anos atrás, e esse nome era Ronan, o inquisidor.
Mas antes de mandar Ronan para a sua busca, ele falou o próprio nome: era Lothus, general Lothus Acre.
Mas Ronan não queria demorar ou esperar. Queria logo era partir pra ação. Então pegou os equipamentos que Lothus o deu, e partiu em sua missão de paz. Mas para isso ele precisava derrotar Thanatus, o demônio do Caos.
Ele logo foi pra sua primeira parada, mas ele precisaria de ajuda pra derrotar Thanatus. Logo, ele foi para Serdin, uma cidade de Vermecia, e reuniu um grupo de guerreiros, no total eram sete.
O primeiro era Lass, o mercenário; o segundo Amy, a dançarina; o terceiro Ryan, o druida; o quarto Sieghart, o avatar; o quinto Arme, a arquimaga; o sexto Lire, a nova; e por último Elesis, a justiceira.
Logo, partiram os oito para sua jornada. Passando pela floresta, se depararam com um Ent enorme, mas foi trabalho fácil para Ronan e sua turma, e antes que o Ent morresse ele revelou que para encontrar Thanatus eles precisavam de uma pedra chamada Orbe da Rainha Negra e que estava dividida em seis partes.
Ronam pediu para cada um fosse pegar um fragmento, e então eles foram: Lass foi para o Calabouço dos Gorgos, Ryan para Floresta Élfica, Amy para o Castelo de Gaicoz, Arme para o Mar de Patusei, Sieghart para as Catatumbas de Kasttules e por último Elesis foi para a Ponte Infernal.
Lire ficou para ajudar Ronan a invocar o portal para o Templo da Sintonia, onde se encontrava Thanatus.
Lass, logo que chegou, conseguiu roubar o fragmento do poderoso Gorgo com sua habilidade de se ocultar nas sombras.
Amy teve que escapar por diversas vezes de armadilhas, mas com sua maleabilidade foi fácil. Ela lutou uma grande luta contra o Samurai Gaicoz e o derrotou, unindo forças e usando o golpe Turbilhão de chutes.
Ryan teve uma surpresa e descobriu que o Amon Negro era seu pai.
Arme, Elesis, Sieghart tiveram duras lutas e ficaram feridos gravemente, mas levaram de volta os fragmentos do Orbe.
Lire deu a noticia que apenas um poderia passar pelo portal para o Templo da Sintonia. Então Ronan vai em busca de Thanatus, mas algo dá errado: o portal desintegra os sete aventureiros, e Lire num ato de amor sacrifica-se para salvar Ronan.
Ronan encontra Thanatus e a batalha começa. Ronan tenta usar o seu golpe “explosão de lâminas”, mas ele se esquiva e usa a habilidade “destruição macabra”. Ronan é acertado, mas usa a técnica ensinada pelo seu falecido mestre e que era pra ser usada somente em um caso de extrema importância, pois o seu uso levaria à morte de Ronan.
Então Ronan pegou seu trifing, “espada usada pelo inquisidor”, acumulou toda sua força e lançou a legendária “Tempestade de Lâminas. O golpe foi fatal: Thanatus morreu e com isso o equilíbrio da Pan Gu se restabelece.
Ele voltou para Canaban, encontrou-se com Lothus e toda uma nação comemorando diante dele. Mas ele ainda tinha uma importante decisão a tomar: voltar para casa ou continuar seu legado em Pan Gu.
Ele escolheu reinar Pan Gu. Ele se casou e teve descendentes, mas sempre ele se lembrará daqueles que o ajudaram a conquistar a vitória. E esse é o fim.
E uma coisa aprendemos com isso tudo: que as adversidades não são elementos para sua derrota e sim ingredientes para engrandecer sua vitória.

Robert Michael - 308

O lado escuro do sol

Marjorie estava em uma festa na casa de amigos. A festa estava boa, mas já estava quase no fim e ela decidiu ir embora com uma amiga. Despediram-se de todos e foram caminhando para casa às 11 horas da noite. No caminho não havia muita gente, pois estava muito frio naquela noite. De repente, do lado da calçada em que Marjorie caminhava apareceu uma pequena sombra, que com poucos segundos foi aumentando cada vez mais. Foi quando se depararam com uma garota totalmente diferente do que qualquer coisa já vista. A garota tinha grandes cabelos negros, os olhos verdes mas um pouco ofuscados, se vestia com uma longa capa preta e em sua face formava-se uma pequena cicatriz que nem a mesma conseguia distinguir o que seria a cicatriz.
E então a garota se apresentou dizendo que seu nome era Dendollyon e que era do lado escuro do sol que ela vivia, e tinha resolvido sair de sua moradia para conhecer o outro lado em que as pessoas “normais” viviam.
Marjorie e sua amiga ficaram totalmente sem ação naquele momento, pensavam que poderia ser uma armação de seus amigos contra as duas, pois todos de sua classe estavam presentes naquela festa e sabiam que elas tinham medo de fantasmas, espíritos ou coisas do gênero. Foi aí que a amiga de Marjorie teve uma ideia: iriam tentar convencer Dendollyon de voltar para o seu lado escuro do sol, pois ali onde elas viviam não ia ter nada de interessante para ela conhecer e não existiam pessoas normais, todos eram loucos. Foi aí que Dendollyon não pensou duas vezes e resolveu ir embora, num simples movimento, a garota já tinha sumido, sem deixar nenhum tipo de rastro. Marjorie e sua amiga foram embora, pois na manhã seguinte tinham aula, e precisavam descansar. Despediram-se e foram cada uma para sua casa.
Chegando em sua casa, Marjorie entrou vagarosamente sem fazer quase nenhum barulho para não incomodar seus pais que já estavam dormindo, dirigindo-se direto ao seu quarto, pois estava cansada e precisava dormir. Foi quando ao deitar na sua cama e cobrir-se, sentiu que outra pessoa estava deitada ao seu lado. No momento, fingiu que não tinha visto, e que era só imaginação dela, pois tinha se deparado com uma garota totalmente fora dos padrões de normalidade e que poderia ser coisas de sua mente “fértil”. Mas o medo persistiu, e ela resolveu levantar e acender a luz. Quando colocou a mão no apagador uma voz quase totalmente rouca lhe disse:
- Se você acender, você morre.
E então, Marjorie totalmente trêmula disse:
- Mas quem é você? O que faz aqui?
A voz disse:
- Acenda a luz que lhe darei as duas respostas de uma só vez.
Marjorie disse:
- Não, não acenderei, eu sei que você quer me matar, mas porque isso? O que eu fiz pra você?
A voz responde:
- Você? HAHAHAHHA, nada, eu simplesmente vou me vingar de todos vocês, um a um a morte da minha família.
Marjorie sem entender nada disse:
- É você Dendollyon? Porque está fazendo isso?
- Sim, sou eu e você já perguntou demais, vamos dar um jeito nisso.
Então Dendollyon sem ter nenhum pouco de piedade daquela pobre garota arrancou de seu bolso uma tesoura e começou a cortar o lençol da cama de Marjorie, dizendo coisas horríveis bem baixinho para assustá-la ainda mais. Quando terminou de cortar o lençol em pequenas tiras, amarrou os braços, e pernas de Marjorie e disse:
- Isso é pra você sentir ¼ da dor que eu sinto por não ter ninguém ao meu lado.
E atravessou-lhe a tesoura nas duas mãos que estavam amarradas para trás. Marjorie gritava muito, pois estava sentindo uma dor insuportável. Seus pais começaram a escutar tantos gritos que resolveram ver o que estava acontecendo, e ao abrirem a porta de seu quarto viram que tinha algo errado ali. As paredes estavam cheias de marcas de sangue até no teto, e caminhando no corredor que dava para o quarto de Marjorie viram uma sombra passar depressa, como um vulto. Ficaram preocupados e começaram a ficar um pouco estranhos diante daquela situação. Então entraram no quarto de Marjorie, viram ela deitada na cama com as mãos amarradas e ensanguentadas e perguntaram o que tinha acontecido. Marjorie contou que uma garota estava a perseguindo desde que estava voltando de uma festa, e que disse que morava do outro lado escuro do sol e etc. Sua mãe um pouco nervosa perguntou:
- Mas, minha filha, esta garota se identificou?
Marjorie chorando respondeu:
- Sim, ela se chama Dendollyon.
A partir daquele momento, a mãe de Marjorie se mostra preocupada, e seu pai também, pois algo sobre Dendollyon eles sabiam. Então desamarraram Patrícia, fizeram um curativo em suas mãos e quando iam se deitar novamente, apareceu Dendollyon dizendo com aquela voz aterrorizante:
- Agora é a vez de vocês dois.
A Mãe de Marjorie sem saber o que estava acontecendo perguntou:
- O que é isso, porque quer matar toda minha família?
Dendollyon com os olhos vermelhos de ódio respondeu:
- Você está tensa demais, você sabe algo sobre mim?
Dendollyon tira seu capuz, e olha dentro dos olhos da mãe de Marjorie. E a mãe de Marjorie diz:
- Sim, eu sei muito sobre você. Não existe lado escuro do sol, é apenas o lugar onde você mora que não tem sol, é a famosa cidade de Darkwood, lá o sol não brilha. Dendollyon, ninguém matou seus pais, eles estão mais vivos do que nunca, e é pra eles que você está olhando agora.
Dendollyon sem entender nada do que a mãe de Marjorie falava, resolveu lhe perguntar:
- Mas como? Como você pode ser minha mãe?
Ela responde:
- Quando me engravidei de você eu tinha apenas 16 anos de idade, tinha pouca responsabilidade, eu sei disso, queria poder cuidar de você, mas minha família era muito severa comigo. Tive que fugir de casa durante minha gravidez e inventar que estava indo passar uns tempos na casa de uma tia na Itália. Quando você nasceu, resolvi doar você para um orfanato para que cuidassem de você. Fiz isso pra não te perder minha filha, me entenda por favor! Não machuque mais ninguém.
Dendollyon chorando lágrimas de sangue olha para sua mãe e diz:
- Agora é tarde demais, o que vocês veem aqui agora não sou eu, é apenas meu espírito que, sem luz, vive vagando por aí, para fazer mal às pessoas, que como todos sabem não tem nada a ver com o que aconteceu comigo. Quando eu completei meus 18 anos, me disseram que meus pais tinham morrido por minha causa, então resolvi naquele dia fazer tudo o que eu não podia, saí correndo pelas ruas pedindo pra morrer, até que encontrei uma garrafa de vidro, quebrei-a e cortei meu rosto pra sentir um pouco de dor, pensei que assim ia morrendo aos poucos. Mas não doeu o bastante. Resolvi então pular de um penhasco que, no fim, dava em rochas dentro do mar, então me dei como morta, mas ninguém me encontrou. Por isso estou vagando pelas ruas, e parece que encontrei o que queria: a minha família. Mas agora não adianta, não faço mais parte dela.
Marjorie e seus pais emocionados com a história disseram:
- Já que não podemos fazer nada por você, fique pelo menos com nossas orações, pois com elas, você descansará em paz e terás uma outra vida, mas estará sempre junto de nós, em nossos corações.
Dendollyon pela primeira vez em sua vida feliz, responde:
- Sim eu ficarei com as orações de vocês, e me perdoem por fazer vocês sofrerem, pois eu não podia descansar sem saber o que tinha acontecido durante a minha vida. Obrigado a todos vocês.
Dendollyon, conformada com o que tinha acontecido, deixou aquela humilde família sendo levada pela luz divina, onde passaria toda sua eternidade. Naquele momento, as feridas nas mãos de Marjorie se curaram, pois o ódio que Dendollyon tinha por ela, se tornara em amor, dando-lhe o poder da cura. Sendo assim, aquela noite nunca mais será esquecida por Marjorie, pois ficou marcada para sempre em seu coração.

Fernanda - 307

O Jaú

Geraldo foi pescar com seu pai e uns amigos no Pantanal. A viagem foi tranquila e passaram por lugares muito bonitos. O passeio estava muito bom, haviam pescado muitos peixes e visto muitos animais exóticos. No terceiro dia de pesca, depois de duas horas e vários peixes, Geraldo fisgou um. Estava muito pesado para ele e seu pai veio ajudar. De repente o anzol arrebenta e Geraldo e seu pai caem. Ainda meio tonto com o tombo, Geraldo pega outro anzol e joga novamente no rio e diz que vai pegar aquele peixe de qualquer jeito.
A noite cai e todos já se foram, mas Geraldo continuou a tentar pescar aquele peixe que arrebentou seu anzol. No meio da noite, Geraldo estava dando um cochilo, de repente veio uma fisgada e Geraldo acordou assustado como se estivesse se afogando.
Viu que sua vara de pesca estava fisgando algo e foi conferir, mas era pesado novamente e dessa vez seu pai não estava lá para lhe ajudar. Geraldo encaixou seus pés em umas pedras do leito do rio de forma que o deixasse firme, então começou a puxar, e puxar bem forte.
O peixe começou a lutar contra Geraldo, que já estava exausto mas com muita determinação. Então começou a puxar mais forte e sem medo de arrebentar o anzol, porque esse era mais forte que o anterior. Depois de muita luta o peixe finalmente começou a ficar cansado de lutar contra Geraldo, que começou a puxar ainda com mais força, até que o peixe se aproximou do leito do rio. Foi então que Geraldo segurou seu anzol e seguiu em direção ao peixe para apanhá-lo, com muita dificuldade Geraldo consegue trazer o peixe mais pra perto de si, e então seu pai aparece do seu lado e diz que não é pra ficar mole quando se trata de um peixe enorme como aquele, pois esse poderia ser o maior peixe da região.
Lá estava os dois novamente contra o peixe, Geraldo com a ajuda de seu pai consegue pegar o peixe. Quando o levanta e aponta a lanterna para o peixe, o pai de Geraldo diz que aquele realmente é o maior peixe da região: o Jaú, que é o maior peixe do pantanal, que pode chegar a 120 quilos e 1,5 metros, e era quase isso mesmo. Era apenas um pouco mais leve e menor. Mesmo assim os dois estavam contentes por terem conseguido pescar um peixe tão difícil de ser pescado.
Os anos se passaram, Geraldo agora já é casado e ainda conta sua história de pescaria para seus filhos e os leva sempre para pescar.

Gustavo Martins - 306

Um final surpreendente

Eu sempre achei que a injustiça, era uma das coisas mais cruéis que existiam no mundo, e que quem a praticava não merecia perdão. Mas, depois que meu pai me contou uma história, passei a pensar diferente sobre esse assunto. Foi mais ou menos assim:
_ Há algum tempo atrás, em uma renomada empresa, trabalhava um funcionário, cujo nome era Carlos. Carlos era um funcionário competente e dedicado, que havia subido as escadas do sucesso, foi crescendo cada vez mais na empresa. Os papéis mais importantes passavam por suas mãos, até que com o passar do tempo ele havia conseguido um importantíssimo cargo na empresa, ganhava um ótimo salário. Mas, certo dia enquanto trabalhava ele notou que uma coisa terrível havia acontecido: toda a documentação da empresa estava manchada por café, documentos estes que eram importantíssimos para o seu funcionamento. Carlos se encontrava em pleno desespero:
_ “O que farei agora, isso não devia ter acontecido, estou arruinado, não posso perder todo esse dinheiro que ganho.”
Com um olhar desesperado, Carlos caminhava de um lado para o outro pensando no que poderia fazer para contornar a situação. O tempo passava e ele em nada pensava, a única coisa que vinha em sua mente era a sua demissão. Até que de repente chamaram por seu nome. Carlos percebendo que era o rapaz que cuidava da faxina o mandou entrar. Emanuel era o rapaz que fazia a limpeza, um homem de origem humilde que exercia seu trabalho com dignidade, não tinha muito tempo que trabalhava na empresa, por isso não tinha muita intimidade com os funcionários. Enquanto fazia a limpeza da sala, Carlos começou a olhá-lo e por um instante teve a péssima ideia de culpá-lo, pensava ele: “se eu culpá-lo ele será demitido; mas ele não fez nada, não posso fazer isso... mas afinal, o que é o cargo dele nessa empresa perto do meu, eu perderia muito mais que ele se fosse demitido.”
Emanuel nem sequer imaginava o que se passava pela cabeça de Carlos até que de repente ele se levanta de sua cadeira e com um olhar seco começa a dizer calúnias sobre Emanuel e o acusou friamente. Emanuel mal conseguiu se defender, Carlos o expulsou da empresa alegando ser ele o culpado pela desgraça que acabara de acontecer com os importantes documentos da empresa. Assim que Emanuel saiu dali cabisbaixo Carlos ficou por minutos imóvel, e toda aquela cena se passava diversas vezes perante seus olhos. Com certeza, ele havia se arrependido de ter feito aquilo. Mas o que fazer? Essa foi a única ideia que ele teve para salvar seu tão almejado emprego.
Emanuel ao sair disse:
_ Que Deus te perdoe por sair julgando as pessoas sem saber a verdade que se esconde por trás dos fatos.
Emanuel após pegar suas coisas e sair, sentou-se próximo à calçada e ficou a pensar no que faria da vida dali pra frente, pois ele precisava trabalhar para sustentar seus filhos pequenos. Como ele havia ficado viúvo, ele é quem cuidava das crianças.
Meu pai, um velho conhecido de Emanuel, trabalhava a poucos quilômetros de onde ele se encontrava. E ao passar de carro indo para o trabalho notou que era ele, seu melhor ou até mesmo seu único amigo, ali jogado no chão, triste e chorando. Meu pai não pensou duas vezes, parou o carro e foi abraçá-lo. Com um gesto amigo o levantou do chão e o levou consigo. Durante o percurso, Emanuel confessou ao meu pai o que havia acontecido, meu pai enfurecido queria acertar as contas com o tal Carlos:
_ Isso é uma injustiça, e não pode ficar assim.
Mas seu amigo o acalmou lhe dizendo que o melhor remédio para essa injustiça era o esquecimento. Meu pai não entendia o porquê dessa calmaria toda de Emanuel sendo ele a vítima. Mas, enfim, mudando de assunto, meu pai ao contar a história de Emanuel para seu chefe, um homem de coração bom, o deu um emprego. Emanuel se dedicou de corpo e alma a esse emprego como ele sempre fazia e com o passar do tempo chegou até a ser promovido de faxineiro à recepcionista.
Passaram-se alguns anos e algo inesperado aconteceu. Emanuel fez um churrasco em sua humilde casa para comemorar mais um ano de vida. Estavam lá seus parentes e seus melhores amigos, inclusive meu pai. Estavam todos muito felizes se divertindo e dançado, até que de repente toca-se a campainha. Emanuel foi abrir a porta, aí então ele se depara com uma cena lamentável. Algo que por si só fez com que todos voltassem sua atenção para aquela porta. Era Carlos, estava como um mendigo todo sujo, suas vestes rasgadas mal cobriam seu corpo, o cabelo e a barba enormes (parecia até ter saído de um incêndio, estava deformado, irreconhecível). Dava dó vê-lo naquela situação, ele que era um excelente funcionário, competente, com uma carreira de sucesso agora se encontrava naquela situação e além do mais trazendo uma garrafa de álcool nas mãos... Emanuel ao vê-lo assim o abraçou e o chamou para entrar, enquanto Carlos só chorava.
Os amigos que o conhecia ficam sem entender nada, todos espantados com a atitude de Emanuel, começaram então a repreendê-lo. Foi aí que Carlos começou a falar:
_ Emanuel, você não sabe o quanto estou arrependido, fazer aquilo com você foi a pior coisa que eu poderia ter feito. Minha vida acabou naquele dia, eu fracassei, nunca mais fui o mesmo. A culpa me corroeu por dentro. Eu não estava mais tendo paz. Eu tinha feito aquilo tudo para salvar meu emprego. Foi eu quem manchou aqueles papéis, foi acidentalmente, mas agora eu vejo que não valeu a pena. Eu poderia ter acabado com sua vida. Perdoa-me? Mas se você não puder me perdoar eu entendo.
Meu pai entrou no meio da conversa falando:
_ Você vai perdoar esse Judas traidor, que te acusou de algo que você não fez?
Emanuel então levantou a cabeça e olhando firmemente nos olhos de Carlos lhe disse:
_ Eu não tenho nada que te perdoar, você já pagou pelo que fez agora que se arrependeu.
_ Emanuel, seu bobo, ele te acusou sendo inocente, você deve puni-lo por isso.
Emanuel sorrindo disse:
_ Não cabe a mim fazer justiça... apenas perdoar. Veja o exemplo deste homem, ele acabou sendo condenado por sua própria consciência. Um homem que tinha tudo na vida. Como Carlos agora não tem nada, nós temos que aprender a ajudar nosso semelhante a se levantar, é mais fácil criticar do que ajudar, não é?... quando eu mais precisei vocês, meus amigos, me ajudaram. Uma vez meu avô me disse um pensamento muito sábio que jamais vou esquecer:
“Cometer injustiças é pior que sofrê-las. Não há sentimento pior que o remorso.”
Alguns dias depois, Carlos foi encontrado morto em uma calçada próximo à empresa e ao seu lado uma placa com os dizeres: “Só agora ficarei em paz. Fui perdoado.”

Mike - 307

As incríveis aventuras de João e seu fiel cão Smith

João não tinha muitos amigos. Na verdade, só tinha colegas. E só os via na escola. Na sua rua, havia poucas crianças e de idades diferentes da dele. Para não se sentir muito sozinho, tinha um cachorro chamado Smith, seu fiel companheiro de todas as brincadeiras.
Uma tarde, brincando com Smith perto do riacho, que ficava há quase um quilômetro de sua casa, avistou um animal esquisito a uns cem metros. Resolveu chegar mais perto... Ao se aproximar não viu nada, virou-se e continuou andando, de repente ele escuta uma voz rouca dizendo:
- Ei você jovem viking, me leve até o meu navio agora!
O garoto João assustado procura loucamente o dono daquela voz. Então ele sente algo cutucando sua perna, quando olha vê um rato com um chapéu enfeitado com dois dentes caninos de algum carnívoro morto.
- Você que está falando comigo rato?
O rato indagado com a falta de respeito em que o garoto está falando, retruca:
- Não, é a sua consciência jovem tolo!
João irritado com a ousadia do rato grita para seu fiel cão Smith:
- Pegue esse rato agora!
Smith como o cão fiel que sempre foi, corre em direção ao rato, incrivelmente o rato não move um músculo. Quando o cão está prestes a pegá-lo o rato abre a boca e retira um gigante martelo, Smith assustado sai correndo.
João assustado com a situação pergunta ao incrível rato mutante:
- Quem é você? De onde veio?
O rato com a mesma voz rouca conta a João uma certa historia de muito tempo atrás:
- Eu me chamo Microcebus murinus, nasci a 2.537 anos atrás, e a minha história e a do meu poder, começa assim:
A muito tempo eu era o incrível Rex o maior capitão dos navios vikings, mais como todo grande rato eu tinha vários inimigos, certo dia um dos meus maiores inimigos Killer, invadiu meu navio e me aprisionou, ele queria que eu trabalhasse para ele, mas meu orgulho disse que preferia a morte.
Então Killer me jogou no lugar mais temido de todos os tempos, um lugar que ninguém sabia ao certo o que acontecia, o maldito Triângulo das Bermudas.
Fiquei boiando nesse lugar vários dias, até avistar uma forte luz bem perto de mim, fui ver o que era, quando me aproximei levei um tremendo choque e fui acordar em uma ilha deserta. Procurei um lugar coberto para descansar, quando anoiteceu escutei vários rugidos e um deles estava bem forte e se aproximando, quando menos esperava um grande leão estava na minha frente com aqueles caninos enormes e famintos, fui ao ataque e quando fui soltar meu forte grito de guerra, sai da minha boca uma espada gigante, meu sangue já estava enfurecido com a batalha, fui ao ataque sem medo de nada, matei sem nenhuma dó e retirei seus dois caninos, levo eles comigo no meu chapéu para provar minha coragem.
Desse dia em diante passei por milhões de batalhas e nunca perdi nenhuma, mais com essa eternidade de vida e incríveis batalhas não consegui vencer o que sempre quis,derrotar Killer e poder voltar a ser o melhor capitão viking de Ferdilhona.
João ainda assustado com tudo aquilo, mas como toda criança, animado em conhecer um rato falante, diz ao incrível capitão Rex:
- Eu vou te ajudar a derrotar Killer e voltar para Ferdilhona!
O rato viking surpreso com a coragem do garoto,retira de sua boa um grande chapéu viking e entrega ao garoto.
- Este chapéu é o símbolo de sua coragem e de agora em diante de sua servidão a mim!
João ficou super empolgado, colocou o capitão Rex na mochila e foi para sua casa planejar uma forma de voltar no tempo e derrotar Killer.
Durante vários e vários dias eles trabalharam em uma incrível maquina do tempo, e no décimo sétimo dia de trabalho intensivo, conseguiram o que nem Albert Einstein conseguiu, montaram uma máquina do tempo que funcionava de verdade.
Com todo plano de ataque memorizado, partem para incrível batalha o capitão Rex, João e seu fiel cão Smith. Eles voltam para o dia em que Killer invade o navio de Rex.
Quando Killer chega é surpreendido com um incrível exercito de gigantes formado por João e Smith, sob as ordens do incrível capitão Rex.
Enfim, Killer e seus aliados passaram o resto de suas vidas trabalhando no navio do capitão Rex , que assim como toda Ferdilhona ficaram plenamente agradecidos a João e seu fiel cão Smith, que todos os dias depois da longa jornada de estudos, viajavam no tempo para incríveis batalhas vikings.

Camila Stael - 308

Ser cidadão é ser responsável e consciente

Patrícia estava em uma festa na casa de amigos. A festa estava boa, mas já estava quase no fim e ela decidiu ir embora com uma amiga. Despediram-se de todos e foram embora.
De repente, ao entrarem no carro, ela percebeu que sua amiga havia bebido um pouco a mais. Então resolveu que não iria embora com ela. Sua amiga pediu então que ela dirigisse. Como Patrícia não tinha a licença para dirigir, ela teve uma boa ideia: resolveu ir de táxi para casa, sua amiga não concordou com a ideia, mas Patrícia estava decidida que com ou sem ela, iria de táxi. Depois de muito esforço, ela conseguiu convencer sua amiga a deixar o carro na casa de seus amigos para ir de táxi e no dia seguinte voltaria para pegá-lo.
No dia seguinte, ao acordar Patrícia ligou para sua amiga querendo saber sobre o carro, ela atende desesperada a chamada de Patrícia. Patrícia pergunta porque o espanto, a gritaria. A amiga contou que alguns rapazes conhecidos haviam sofrido um acidente de carro e ninguém sobreviveu. Patrícia ficou espantada ao saber da notícia. Então toda vez que elas saíam para alguma festa ou barzinho, nunca dirigia seu próprio carro após beber bebidas alcoólicas. E elas sempre usam o velho slogan de bebidas: “Se beber, não dirija.”

Tais Barbosa - 306

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Mundo dos Coelhinhos Fofinhos Monstros

Fabiano sempre brincava em um parque próximo à sua casa. Nesse parque havia alguns brinquedos e um bosque muito bonito onde seu avô tinha sumido misteriosamente uma vez que entrou no bosque para explorar o seu interior há um ano. Às vezes, ele tinha sonhos no bosque.
Numa certa noite, teve um sonho com uma criatura que o chamava. No dia seguinte, resolveu que ia explorar esse bosque à procura de respostas para seus sonhos. Então, foi adentrando até certo ponto que lembrasse uma parte do seu sonho. Ele parou e ficou com a sensação de que estava sendo observado, quando ele viu um vulto passando a alguns metros à sua frente. Ele saiu correndo para a saída do bosque. Antes ele olhou para trás, e quando voltou seu olhar para a trilha, em sua frente, se deparou com um belo coelhinho branco e fofinho. Parou e se aproximou do animal.
- Foi você quem me deu esse susto? - Disse Fabiano.
- Sim, fui eu! - respondeu o coelho, ao ficar ereto sobre as duas patas traseira.
Assustado, Fabiano gritou:
- Sai, capeta!
E correu como nunca para fora do bosque. Desesperado, ele foi a uma igreja se benzer e logo depois a um psiquiatra, porque não conseguia entender o fato acontecido. Mesmo o psiquiatra falando que ele estava doido, maluco, pirado, lelé da cuca, ele não acreditava que era uma ilusão.
Ele ficava pensando no Coelhinho Monstro todos os dias. Um dia, ele resolveu que iria criar coragem e iria voltar ao bosque. Mas antes ele pegou uma espingarda que seu avô tinha deixado de herança para ele e algumas balas de chumbo. Ele estava pensando que iria para a guerra, colocou um macacão camuflado e saiu a caminho do bosque. Chegando lá, amedrontado e com a voz trêmula, ele gritou: “cu-cu-coelhinho ca-ca-cadê vo-você?”. Após alguns segundos de silêncio, ouviu-se uma voz tímida atrás de uma moita: “ei, psiu”. Assustado ele pegou a espingarda e deu um tiro; “PÁ”. Só saiu fumaça. Depois do tiro mascado, ele se aproximou-se da moita. Quando foi verificar se havia algo atrás da moita, ele cai em um buraco que o levou para um submundo, que era desconhecido por todos.
Assustado, Fabiano gritava à procura de socorro, quando uns olhos vermelhos surgiam de um canto escuro, que pouco a pouco se aproximavam. Quando uma luz refletiu sobre a criatura e Fabiano percebeu que se tratava do Coelhinho Monstro.
- Você! O que você quer comigo? - Fabiano perguntou.
- Sua mãozinha. - Disse o Coelhinho Monstro Perna Curta.
- Não! Não me machuque, por favor. Preciso de minhas mãos, porque trabalho como modelo de mão. Por favor, não faça isso. - Disse Fabiano.
“Rachando os bicos”, o Coelhinho Monstro disse:
- Calma, não é esse tipo de mãozinha que estou querendo!
Na verdade o Coelhinho Monstro estava querendo uma ajuda do garoto para destruir um inimigo mortal dos coelhinhos fofinhos monstros. Fabiano, meio assustado e confuso, perguntou:
- Porque eu?
Era porque só uma pessoa tinha conseguido chegar tão perto de acabar com a raça do ‘TATU’: seu avô. Ao saber que seu avô, todo esse tempo, esteve ali com os Coelhinhos Monstros, ele já criou coragem e perguntou:
- O que devo fazer?
O temido TATU, era um monstro temido no submundo por seus atos maldosos. Ele pegava os coelhinhos fofinhos monstros de surpresa, enquanto dormiam e raspava todos os seus pelos macios e sedosos, ficando igual um filhote de cruz-credo. Dava um nó em suas orelhas, e outras coisas. Mas o Tatu não foi sempre assim. Ele era muito amigo dos coelhinhos monstros, ele que furava os buracos para as tocas dos coelhinhos monstros, ele era querido por todos, mas certo dia ele acordou com os olhos vermelhos e cheio de ódio e um estranho colar com uma caveira no pescoço.
O Coelhinho Monstro Perna Curta, explicou para Fabiano que a única maneira de deter o TATU era arrebentando o colar que estava em seu pescoço. Porque na época que o TATU era um Tatu Bom, tinha um velho Coelhinho Monstro feiticeiro que não gostava muito do TATU, porque ele era muito querido por todos e ninguém ligava para o velho feiticeiro. Então jogou um feitiço nele, que a partir dali TATU seria odiado por todos.
Fabiano, como era muito corajoso, disse:
- Irei fazer isso não só por vocês, mas também pelo meu avô!
Imediatamente, os coelhinhos monstros lhe ensinaram algumas técnicas e o equiparam com o necessário para que Fabiano não só derrotasse o TATU, mas que também trouxesse seu amigo de volta.
Fabiano partiu em sua jornada, em direção do sub submundo, onde era muito escuro e sombrio. Mesmo sendo muito corajoso, Fabiano estava com muito medo. Chegando perto do submundo, ele ouviu gargalhadas malignas. Enquanto ele ia se aproximando de uma caverna, a gargalhada ia ficando mais alta. Quando ele chegou na caverna, se escondeu atrás de uma rocha onde ele observava TATU. Ele era muito feio, com um casco peludo, uma cabeça pequena, e também andava só pelas patas traseiras. Quando ele vai ver o motivo das gargalhadas, vê que o TATU estava judiando de um pobre homem já idoso com uma vara, que ficava cutucando-o.
- Vovô! - gritou Fabiano atrás da rocha.
- Quem está aí? - gritou TATU.
Saindo de trás da rocha, Fabiano ergueu a cabeça e disse:
- Sou eu, o neto desse homem que você está judiando!
TATU, rindo, mas ao mesmo tempo bem raivoso, foi para cima de Fabiano. Enquanto TATU vinha para cima de Fabiano, o avô de Fabiano gritava:
- Corre, corre!
Fabiano, amedrontado, se congelou e não conseguia sair do lugar. Enquanto isso, TATU vinha correndo em direção de Fabiano com seus olhos vermelhos e com raiva. Fabiano não esboçava nenhuma reação de tanto medo, ele fechou os olhos e...
... já esperando a porrada, ele abre um de seus olhos timidamente, e procura TATU em sua frente, nada! Mas quando ele olha para o chão vê TATU esborrachado no chão.
- O que aconteceu, vovô? - perguntou Fabiano.
- Ele tropeçou numa pedra aí, eee... caiu!
Com TATU em seus pés, Fabiano arrebentou o colar e quebrou o feitiço. Os Coelhinhos Fofinhos Monstros, aguardavam o seu retorno ou não, de Fabiano com seu amigo. Quando de repente surge, de uma gruta escura, Fabiano e seu avô, e TATU já bom. Depois, foi uma festança só, muito suco de cenoura com vodka, cenoura assada, bolo de cenoura, e ao fundo Mc Coelhão, tocando pra galera do submundo.
Mas Fabiano e seu avô não podiam fica mais lá. Então resolveram ir embora depois de se despedirem de todos do submundo. Aí quando Fabiano e seu avô saem do buraco mágico que os levou para o submundo, um trator passa por cima deles, pois estavam derrubando o bosque para a construção de um shopping center.

Herllon Ermidorff - 306