A grande lenda do crocodilo

Geraldo foi pescar com seu pai e uns amigos no Pantanal. A viagem foi tranquila e passaram por lugares muito bonitos. O passeio estava muito bom, haviam pescado muitos peixes e visto muitos animais exóticos. No terceiro dia de pesca, depois de duas horas e vários peixes, Geraldo fisgou um. Estava muito pesado para ele, e seu pai veio ajudar. De repente o barco começou a ser arrastado, e eles imediatamente se assustaram. Sem saber o que fazer, começaram a puxar com mais força, mas foi tudo em vão, pois continuava com muita agitação na água e o animal inquieto.
Quando pensaram em desistir e largar a vara de pesca, o barco parou de se movimentar. Exaustos e preocupados, um olhou para o outro, sem saber o que havia acontecido.
Com o restante de força que lhes restavam, começaram a puxar o anzol para ver o que havia causado tantos transtornos. Quando faltava pouco para ver o que haviam fisgado, repararam que pelo reflexo que se destacava na água, seria um animal exageradamente grande e de uma aparência muito estranha para ser um mero peixe.
Mas a curiosidade e a ansiedade era muito grande para saber do quê se tratava. Chegando à superfície, perceberam que se tratava de um crocodilo gigantesco.
Assustados, queriam libertá-lo imediatamente, mas não conseguiram remover o anzol de sua boca. O crocodilo sentindo-se ameaçado começou a se agitar, fazendo com que o barco virasse em meio ao rio.
Em pânico, começaram a nadar desesperadamente à procura de ajuda e abrigo. Mas quanto mais se esforçavam, mais o crocodilo se aproximava.
Com a expectativa de se salvarem e chegando à margem do rio, começaram a nadar com o máximo de cada um. Mas o crocodilo conseguiu alcançá-los e quando iria dar sua mordida fatal em Geraldo, o pai se colocou à frente do filho, fazendo com que o crocodilo mudasse o seu alvo.
O pai não conseguiu se livrar da voracidade do animal, e foi abocanhado com todas as forças. O filho desesperado com o acontecido com o pai, não perdeu as forças e continuou até chegar à margem.
E essa história se tornou uma lenda para todos os pescadores do rio Pantanal.

Arthur Felipe - 308