sábado, 7 de agosto de 2010

O sonho no bosque

Alejandro sempre brincava em um parque próximo à sua casa. Nesse parque havia alguns brinquedos e um bosque muito bonito. Às vezes, ele entrava no bosque, mas no máximo uns dez metros. Numa certa tarde, resolveu que ia explorar mais esse bosque.
Então, foi adentrando quando se deparou com um coelho acinzentado. Mas não era um coelho pequeno, devia ter pelo menos um metro de altura, pois, para ficar mais estranho ainda, o animal estava ereto sobre as duas patas traseiras e tinha os olhos da cor do pôr-do-sol. Na hora que viu o tal animal não pensou duas vezes antes de correr, mas correu para mais além do bosque. Corria, corria, e o coelho corria atrás dele, mas em certo momento o coelho parou de correr, mas Alejandro continuou correndo. Era medonho o animal.
Quando se deu conta, estava perdido no meio do bosque, que não era nada pequeno. Havia corrido além da parte do bosque onde as pessoas visitavam e havia adentrado em uma parte chamada de floresta, onde era visitado apenas por turistas que faziam trilha.
Ele estava cansado de correr e procurar o final ou início do bosque. Caminhou por muito tempo e parecia que era em vão, pois não achava uma saída ou pelo menos um lugar onde houvesse uma pessoa. Cansado de andar, Alejandro assenta-se no chão e começa a chorar. Estava com fome, frio, cansado, e queria seus pais, que deveriam estar procurando-o há um bom tempo. Depois de um tempo, cai no sono e dorme até o dia seguinte. Acordou com um forte perfume de terra pairando pelo local, e a incômoda sensação de folhas secas sob a pele. Seus olhos claros, aos se abrirem, se depararam com o coelho e sentia que estava em uma posição desconfortável. Sentia nos pulsos o atrito com uma grossa corda, assim como nas pernas, e a mordaça na boca. Estava completamente presa a uma árvore, de costas contra o tronco áspero, sem possibilidade de movimento. Respirou fundo e gritou. O coelho, surpreendentemente falou a ele:
- Grite, grite pequeno mago, quem sabe assim seus pais não vem buscá-lo, HAHAHAHAHA!
A risada do coelho o assustava, mas que história é essa de pequeno mago?
- Ôu, que isso? Mago? Não to entendendo. - o indagou.
Em passos leves, se aproximava alguém pelo enorme bosque, ou será que se podia chamar aquilo de bosque. Se aproximava com certa rapidez, como pessoas que correm para a liquidação, assim se aproximava Grekowalski, um elfo de mais ou menos da altura de uma pessoa, de cor meio azulada e orelhas pontudas, cabelo bem claro, quase branco e longo, e uma roupa estranha, uma espécie de armadura. Tinha um olhar fixo e sério, não estava afim de muita conversa. Empurrou o grande coelho para se aproximar do garoto. Com os olhos cheios d'água, Alejandro encarava-o enquanto, com a ponta do dedo indicador tocava a testa de Alejandro. Grekowaski toma certa distância de Alejandro e saca sua espada e aponta para o garoto. Mas apunhala o coelho, que estava ao seu lado, cortando-o em dois.
- Não foi isso o que eu te pedi, imprestável... - Diz com voz de decepção e raiva, o elfo.
Alejandro não estava entendendo mais nada, quando o elfo se aproxima dele e de repente tudo escurece. Alejandro acorda em meio ao parque. Olha pra o lado e vê crianças brincando, pais lendo livros, vendedores de sorvete... Nada de elfo nem coelho gigante.
- Que sonho mais maluco! Levanta e vai para casa, que verá que não foi bem um sonho...

Guido Henrique - 307

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