terça-feira, 10 de agosto de 2010

O diário

Marta havia se mudado com sua família para uma casa na periferia. A casa era bem antiga, mas era muito espaçosa, havia quartos que não iria usar e outros cômodos que nem havia entrado. Depois de terem colocado as coisas no lugar, todos foram para a cozinha, mas Marta decidiu dar uma olhada em um quarto que havia permanecido fechado.
Ao entrar lá dentro, Marta achou um armário muito antigo. Ela o abriu pra ver o que havia dentro, mas não havia nada, a não ser uma pequena gaveta. Marta então abriu a gaveta e também não havia nada, mas ao fechar ela observou uma pequena abertura no fundo da gaveta. Então ela a abriu rapidamente e puxou o fundo da gaveta revelando assim um compartimento secreto. Dentro deste compartimento havia um diário escrito por um garoto que havia morado ali há muitos anos. Marta sem contar para sua mãe levou o diário para seu quarto para poder lê-lo num lugar mais confortável. No diário o garoto contava que havia viajado para um outro mundo onde o tempo passava em uma velocidade diferente. Os habitantes deste mundo viviam mais de mil anos e eram muito pequenos, do tamanho de uma formiga, tinham orelhas muito grandes, o cabelo branco, e viviam em túneis debaixo da terra, mais precisamente abaixo do jardim da casa, e ao se viajar para lá você toma a mesma forma e tamanho destes habitantes.
Marta ao ler aquilo logo pensou que este garoto devia ser louco, mas ela se se interessou pela historia e continuou a ler. O garoto descrevia todas as aventuras que havia vivido neste mundo, os amigos que tinha feito e como era legal este mundo. No diário havia também escrito como se fazia para chegar neste mundo, e para chegar lá havia um dispositivo que era parecido com uma luneta, mas tinha uma espécie de relógio em uma das pontas. Este dispositivo estava enterrado a três passos do pinheiro que havia no jardim da casa. Esta viagem só podia ser feita uma vez a cada cinquenta anos no dia 20 de janeiro a meia-noite sob lua cheia, na qual devia se fincar o dispositivo no jardim e girar o relógio que havia nele dando duas voltas para a direita e três para a esquerda e depois se devia olhar para dentro do dispositivo através de uma lente. Assim você seria transportado para este novo mundo. Marta continuou pensando que o garoto que havia escrito aquilo era louco e que jamais haveria algo enterrado no jardim.
Quando Marta percebeu que já era tarde, ela parou de ler o diário e foi dormir. No outro dia Marta terminou de ler o diário e sua curiosidade foi cada vez aumentando mais em saber se aquilo tudo que ela leu era verdade ou não passava de uma historia. Então ela resolveu procurar o tal dispositivo que estaria enterrado no jardim. Ao cavar no local indicado pelo diário. Marta já estava quase desistindo quando bateu a pá em algo. Ela cavou mais depressa e achou um dispositivo que era do mesmo jeito que estava descrito no diário. Neste momento Marta ficou assustada com um pouco de medo. Ela então levou o dispositivo para dentro de casa e começou a pensar que era muito estranho aquilo tudo, e num estalo ela se deu conta que já havia se passado quase cinquenta anos que o garoto havia feito à viagem, pois a data da viagem era de 1950, e já era dia 19 de janeiro do ano 2000, ela olhou no calendário e viu que naquela noite haveria lua cheia, ela ficou mais assustada ainda.
Próximo da meia noite do dia 20, Marta já estava na cama, mas não conseguia dormir pensando em tudo o que ela tinha lido, foi quando ela resolveu levantar-se e fazer o que estava escrito no diário pra se transportar para o novo mundo. Marta fincou o dispositivo no chão e girou o relógio do dispositivo como mandado no diário, dando duas voltas para a direita e três para a esquerda e depois olhou através da lente, e num estalo ela escutou um barulho. Era o despertador tocando, já era hora de ir pra escola. Marta se deu conta que tudo não havia passado de um sonho, ela nunca havia se mudado, estava em sua casa.

Henrique Moreira - 307

2 comentários:

  1. Achei o seu conto muito legal.Foi tudo muito criativo,os habitantes do outro mundo, o lugar onde eles viviam e dispositivo que era parecido com uma luneta. O final é muito bom, quando Marta sai da cama e vai para o jardim, parece que ela vai para o outro mundo e dá uma grande curiosidade mas de repente ela acorda.

    Raiane Machado 308

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  2. Bom conto. Só tem um probleminha, se na periferia so tem casa uma em cima da outra, por que essa ai na periferia teria um jardin?

    Herllon 306

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