terça-feira, 10 de agosto de 2010

Mundo dos Coelhinhos Fofinhos Monstros

Fabiano sempre brincava em um parque próximo à sua casa. Nesse parque havia alguns brinquedos e um bosque muito bonito onde seu avô tinha sumido misteriosamente uma vez que entrou no bosque para explorar o seu interior há um ano. Às vezes, ele tinha sonhos no bosque.
Numa certa noite, teve um sonho com uma criatura que o chamava. No dia seguinte, resolveu que ia explorar esse bosque à procura de respostas para seus sonhos. Então, foi adentrando até certo ponto que lembrasse uma parte do seu sonho. Ele parou e ficou com a sensação de que estava sendo observado, quando ele viu um vulto passando a alguns metros à sua frente. Ele saiu correndo para a saída do bosque. Antes ele olhou para trás, e quando voltou seu olhar para a trilha, em sua frente, se deparou com um belo coelhinho branco e fofinho. Parou e se aproximou do animal.
- Foi você quem me deu esse susto? - Disse Fabiano.
- Sim, fui eu! - respondeu o coelho, ao ficar ereto sobre as duas patas traseira.
Assustado, Fabiano gritou:
- Sai, capeta!
E correu como nunca para fora do bosque. Desesperado, ele foi a uma igreja se benzer e logo depois a um psiquiatra, porque não conseguia entender o fato acontecido. Mesmo o psiquiatra falando que ele estava doido, maluco, pirado, lelé da cuca, ele não acreditava que era uma ilusão.
Ele ficava pensando no Coelhinho Monstro todos os dias. Um dia, ele resolveu que iria criar coragem e iria voltar ao bosque. Mas antes ele pegou uma espingarda que seu avô tinha deixado de herança para ele e algumas balas de chumbo. Ele estava pensando que iria para a guerra, colocou um macacão camuflado e saiu a caminho do bosque. Chegando lá, amedrontado e com a voz trêmula, ele gritou: “cu-cu-coelhinho ca-ca-cadê vo-você?”. Após alguns segundos de silêncio, ouviu-se uma voz tímida atrás de uma moita: “ei, psiu”. Assustado ele pegou a espingarda e deu um tiro; “PÁ”. Só saiu fumaça. Depois do tiro mascado, ele se aproximou-se da moita. Quando foi verificar se havia algo atrás da moita, ele cai em um buraco que o levou para um submundo, que era desconhecido por todos.
Assustado, Fabiano gritava à procura de socorro, quando uns olhos vermelhos surgiam de um canto escuro, que pouco a pouco se aproximavam. Quando uma luz refletiu sobre a criatura e Fabiano percebeu que se tratava do Coelhinho Monstro.
- Você! O que você quer comigo? - Fabiano perguntou.
- Sua mãozinha. - Disse o Coelhinho Monstro Perna Curta.
- Não! Não me machuque, por favor. Preciso de minhas mãos, porque trabalho como modelo de mão. Por favor, não faça isso. - Disse Fabiano.
“Rachando os bicos”, o Coelhinho Monstro disse:
- Calma, não é esse tipo de mãozinha que estou querendo!
Na verdade o Coelhinho Monstro estava querendo uma ajuda do garoto para destruir um inimigo mortal dos coelhinhos fofinhos monstros. Fabiano, meio assustado e confuso, perguntou:
- Porque eu?
Era porque só uma pessoa tinha conseguido chegar tão perto de acabar com a raça do ‘TATU’: seu avô. Ao saber que seu avô, todo esse tempo, esteve ali com os Coelhinhos Monstros, ele já criou coragem e perguntou:
- O que devo fazer?
O temido TATU, era um monstro temido no submundo por seus atos maldosos. Ele pegava os coelhinhos fofinhos monstros de surpresa, enquanto dormiam e raspava todos os seus pelos macios e sedosos, ficando igual um filhote de cruz-credo. Dava um nó em suas orelhas, e outras coisas. Mas o Tatu não foi sempre assim. Ele era muito amigo dos coelhinhos monstros, ele que furava os buracos para as tocas dos coelhinhos monstros, ele era querido por todos, mas certo dia ele acordou com os olhos vermelhos e cheio de ódio e um estranho colar com uma caveira no pescoço.
O Coelhinho Monstro Perna Curta, explicou para Fabiano que a única maneira de deter o TATU era arrebentando o colar que estava em seu pescoço. Porque na época que o TATU era um Tatu Bom, tinha um velho Coelhinho Monstro feiticeiro que não gostava muito do TATU, porque ele era muito querido por todos e ninguém ligava para o velho feiticeiro. Então jogou um feitiço nele, que a partir dali TATU seria odiado por todos.
Fabiano, como era muito corajoso, disse:
- Irei fazer isso não só por vocês, mas também pelo meu avô!
Imediatamente, os coelhinhos monstros lhe ensinaram algumas técnicas e o equiparam com o necessário para que Fabiano não só derrotasse o TATU, mas que também trouxesse seu amigo de volta.
Fabiano partiu em sua jornada, em direção do sub submundo, onde era muito escuro e sombrio. Mesmo sendo muito corajoso, Fabiano estava com muito medo. Chegando perto do submundo, ele ouviu gargalhadas malignas. Enquanto ele ia se aproximando de uma caverna, a gargalhada ia ficando mais alta. Quando ele chegou na caverna, se escondeu atrás de uma rocha onde ele observava TATU. Ele era muito feio, com um casco peludo, uma cabeça pequena, e também andava só pelas patas traseiras. Quando ele vai ver o motivo das gargalhadas, vê que o TATU estava judiando de um pobre homem já idoso com uma vara, que ficava cutucando-o.
- Vovô! - gritou Fabiano atrás da rocha.
- Quem está aí? - gritou TATU.
Saindo de trás da rocha, Fabiano ergueu a cabeça e disse:
- Sou eu, o neto desse homem que você está judiando!
TATU, rindo, mas ao mesmo tempo bem raivoso, foi para cima de Fabiano. Enquanto TATU vinha para cima de Fabiano, o avô de Fabiano gritava:
- Corre, corre!
Fabiano, amedrontado, se congelou e não conseguia sair do lugar. Enquanto isso, TATU vinha correndo em direção de Fabiano com seus olhos vermelhos e com raiva. Fabiano não esboçava nenhuma reação de tanto medo, ele fechou os olhos e...
... já esperando a porrada, ele abre um de seus olhos timidamente, e procura TATU em sua frente, nada! Mas quando ele olha para o chão vê TATU esborrachado no chão.
- O que aconteceu, vovô? - perguntou Fabiano.
- Ele tropeçou numa pedra aí, eee... caiu!
Com TATU em seus pés, Fabiano arrebentou o colar e quebrou o feitiço. Os Coelhinhos Fofinhos Monstros, aguardavam o seu retorno ou não, de Fabiano com seu amigo. Quando de repente surge, de uma gruta escura, Fabiano e seu avô, e TATU já bom. Depois, foi uma festança só, muito suco de cenoura com vodka, cenoura assada, bolo de cenoura, e ao fundo Mc Coelhão, tocando pra galera do submundo.
Mas Fabiano e seu avô não podiam fica mais lá. Então resolveram ir embora depois de se despedirem de todos do submundo. Aí quando Fabiano e seu avô saem do buraco mágico que os levou para o submundo, um trator passa por cima deles, pois estavam derrubando o bosque para a construção de um shopping center.

Herllon Ermidorff - 306

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