sábado, 7 de agosto de 2010

Não deixe para a terra comer

Marta havia se mudado com sua família para uma casa na periferia. A casa era bem antiga, mas era muito espaçosa, havia quartos que não iria usar e outros cômodos que nem havia entrado. Depois de terem colocado as coisas no lugar, todos foram para a cozinha, mas Marta decidiu dar uma olhada em um quarto que havia permanecido fechado. Quando abriu a porta, Marta se deparou com uma pequena porta que dava direto no porão. Quando Marta abriu essa pequena porta ela começou a ouvir gemidos. Muito assustada, ela bateu a porta e saiu correndo para seu quarto e foi dormir, tremendo por causa dos gemidos que havia escutado.
No dia seguinte, ela decidiu saber com os vizinhos um pouco mais sobre a história da casa: o porquê da casa ter sido vendida, como eram os antigos donos e etc. Quando ela bateu na porta do seu vizinho da frente, quem atendeu foi o senhor de uns 70 anos. O nome dele era Carlos e ele era um dos moradores mais antigos da região. Quando Marta se apresentou e falou o que queria, ele pediu que ela entrasse e lhe serviu alguns biscoitos e um copo de leite. E começou a contar tudo o que ele sabia sobre a casa. Ele disse que logo quando ele se mudou para lá, há mais ou menos 50 anos, onde é casa de Marta era um grande cemitério, no qual eram jogados todos os corpos de assassinos, estupradores, ladrões, traficantes da periferia. Quando o cemitério já estava cheio e a população não parava de crescer, o prefeito da cidade mandou jogar terra por cima dos túmulos e vender todos os lotes. Foi quando uma viúva já velha, de uns 55 anos, comprou um dos lotes e fez uma casa enorme, o que seria hoje a casa de Marta.
Então Marta perguntou como era essa senhora e seu Carlos disse que não poderia responder. Ele só tinha a visto duas vezes: uma quando ela se mudou para a casa e a outra quando ela saiu da casa, há mais ou menos 5 anos, dentro de um caixão lacrado, pois seu corpo já estava em estado de decomposição. Na época, disseram que ela havia morrido de velhice, mas nenhum dos policiais teve coragem de entrar no porão, pois era o lugar mais sombrio da casa. Quando eles começavam a abrir a porta do porão, eles ouviam gemidos terríveis, tão terríveis que ninguém até hoje teve coragem de entrar naquele porão. Então Marta ficou mais assustada ainda, pois ela não havia comentado nada com o seu Carlos sobre os gemidos que ela havia escutado no porão da casa. Mas diz a lenda que esses gemidos são da viúva querendo proteger todo dinheiro que o seu marido deixou para ela. Quando Marta estava de saída, seu Carlos perguntou o porquê dessa curiosidade a respeito da casa. Marta disse que não era nada, apenas curiosidade.
Quando Marta chegou em casa e viu que o seus pais haviam saído, ela decidiu ir até o porão. Quando ela começou a abrir a porta, os gemidos também começaram. À medida em que ela abria mais porta, os gemidos ficavam cada vez mais forte. Então suas pernas começaram a tremer e suas vistas foram ficando escuras. Quando de repente ela desmaiou e rolou escada abaixo.
Quando acordou, ela notou que os gemidos ainda não havia parado. Então ela começou a andar pelo porão e achou um gravador ligado na tomada, e um fio ligado até na porta que acionava o gravador e aumentava o seu volume de acordo com que a porta ia-se abrindo, mas ela também percebeu que havia um bilhete ao lado do gravador e uma chave de armário bem velho que tinha ali no porão. Então ela pegou a chave e abriu o armário. Quando ela abriu, tomou um grande susto. Todo o dinheiro que o marido havia deixado pra viúva era um monte de ouro. Mas assim que ela abriu a porta, o gravador tornou a ligar e dessa vez como se fosse uma bomba, com uma contagem regressiva de 3 minutos. Então Marta se lembrou do bilhete, quando ela abriu o bilhete tinha apenas uma frase escrita: “A curiosidade matou o gato... Nesse caso, explodiu a casa”.
Então Marta ficou paralisada e quando resolveu tomar alguma atitude, tomou a errada. Ela correu para o ouro, mas o que ela não esperava é que debaixo de cada barra de ouro havia um sensor. Quando ela pegou a primeira barra o tempo que ela tinha foi para 20 segundos e quando ela olhou para o gravador, só deu tempo de falar duas palavras: “Morri virgem”. Aí toda a casa explodiu e foi uma explosão tão forte que não sobrou nem um fio de cabelo de Marta para contar história.
Moral da história: Viva cada minuto como se fosse o último minuto de sua vida, senão você pode acabar como a Marta, sem aproveitar as coisas boas da vida.

Jardel - 308

2 comentários:

  1. Historia interressante se levada pelo lado de nao se apeguar aos bens materiais com um fim muito emocionante cheio de surpresas. Mas a moral da historia ... by : Paloma de Souza n° 37 - 306

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  2. Esse conto do Jardel merece um comentario viu. Fico muito, muito bom !!! kkk... So ele msm pra escrever um texto desse.

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