O abismo

Um dia Saulo estava navegando pela internet como sempre fazia a noite.
Entre bate-papo com os amigos estava fazendo uma pesquisa escolar. Pesquisando por vários sites relacionados com o assunto se deparou com uma página muito estranha, que começou a interagir com ele. Saulo ficou alguns segundos hipnotizado, era como se tivesse do outro lado da tela uma pessoa que de alguma forma lhe prendia ali. Na primeira vez, ele ficou oito horas do mesmo jeito. Na segunda vez, dez horas. E assim por diante, até ficar vinte e quatro horas, quarenta e oito horas, escravo daquele site.
Saulo não sentia fome, nem sede, não dormia. Tornou-se um rapaz agressivo, com uma fisionomia abatida. A expressão do rosto não era mais a de um rapaz bacana, alegre, que cativava a todos. Seus pais tentavam ajudar, mas Saulo não deixava chegar perto. Se teimassem, era capaz de agredi-los, todos em sua casa ficaram a mercê deste site.
Edivania, amiga de Bernadete, mãe de Saulo, estava dando alguns conselhos para ela e disse que já tinha ouvido falar desse site, que são jogos que viciam, mas que não precisavam se desesperar, porque tinha solução.
A primeira coisa é trazer até ele uma ajuda profissional para um tratamento adequado, e a segunda coisa seria bloquear estes sites para evitar recaída.
E assim Bernadete fez: procurou ajuda e conseguiu salvar Saulo deste abismo em que ele estava entrando.

Luana da Costa - 306